Pau no bueiro
Talvez não tenha tanta poesia
Minha poesia
Talvez nenhuma
Mas há uma força que contagia
Infames solavancos vividos
Uma vida um querer
Sonhares proibidos
Paixões prioritárias ilusões
Em cativeiro e um monte de palavras
Não dizem absolutamente nada
Mal fadadas ao ermo
Feito um pau no bueiro
Um galho dissipado pelo tempo
Levado pelo vento
Estelarmente desiludido do topo
Queimado pelo sol , pela lua
Pela ignorância tua
Ou pela imagem linda da amargura
Encontrando no bueiro ao relento
Imagine bem
Quem diria
Um simples pau no bueiro
Coisa muito aquém a poesia
Se convergeria
Em poesia
Uma maluquice baldia
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