terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Barreiras






Barreiras











No embaraçar de um octilhão



Versos dementes vem e vão



Num costume voraz



De colher a palavra algoz





Poeticamente ver a vida



Uma espécie de inspiração pariental



Na poesia fazendo pasmar



O social , o estreito e o largo carnal





Como que um patinhar nasal



Em focas que espalmam alegria



Patola bitolada em pedras



Pedras no caminho da poesia





Mas nas barreiras em pecíolo



Peco frente a inspiração adversa



Na diversidade do exitir



Esse parental elixir





Na escuridão dos obstáculos



Pedras, colocadas entre pares



Perco o pejo sem pudor



No abraçar a literatura



Com ou sem meus óculos





Num toque de um pelintra



Os versos vem ao ver um papel em branco



Tinturo poemas feito tatuagens



Ou tatus a cavar seus abrigos





O poeta ao poetar



É um pirata de ilusões



Abocanhador de emoções



E vive e sofre e morre



Sem conhecer o pódio a chegar









domingo, 20 de fevereiro de 2011

Noite


Noite





Andando pelas ruas


De bicicleta ou a pé


Ruas, ruelas e avenidas até


Verdades nuas e cruas



É noite,


Cheiro de pimenta do reino


A dor do passado vem e arrebate


Cheiro de quando era pequeno



Pedalando ou caminhando


Almôndegas e espigas de milho verde


O nariz vai cheirando


É noite



Caminhando ou pedalando


Por dentro um vazio


E a solidão reinando


Batatas fritas e o poeta no frio



É noite


E agora que o tempo fechou


A escuridão cheira e fede


Como um cachorro que na chuva se molhou



Pedalando ou caminhando


Ora caminhando ora pedalando


Vou minha bicicleta empurrando


E pensando...




É noite


E agora a inspiração já acabou


Só mais um lembrete


É noite de sábado


A semana acabou


E este poema também



sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pleito poesia incompleta ( A existência )


Pleito






No tinir dos dias


Ilusões , devaneios tudo e nada


A tanto pleitear


A dor apelidar


Amores disabores cenários


Só a poesia descarada




Se humano é assim


Quer tudo pra si


No alto deleite


Só poesia



Tanta coisa tanta mentira


Tanta escritura


E o viver onde vive-se a realidade


De tanto


Me canso e deito


Penso até sonhar


Sonho ate dormir


Poeto até a o poesia nascer em mim


Que um dia iria viver a todos a ilusão


Da poesia em pleito.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Caneta de tinta verde


Caneta de tinta verde

Alta tese de ser
Um viver verde
Na espera descompassada
Sede

Turbilhão um mil a milhão
Na lavoura de emoção
Em doce amarga
Azeda estravagança em quinhão

Fluem jorrando reflexos
Surtidos devaneios
Imaginários fluxos de ter , querer...

Abdicado na ponta da caneta a escrever
Pela solidão a namorada eleita
A caneta de tinta verde
Na minha mão direita

Escorrendo sincera
Sinceramente coisas que ecoam da minha mente
Caneta de tinta verde
Na verdade em ditadura presente

Caneta de tinta verde
Com a timidez tão conivente
Tem para os leitores agora
Um deleite
Em versos faz se
Uma poesia verde

Caneta de tinta verde
Assim
Faz aqui a defesa
Sem fazer charme
No puro charme que já lhe convém
Até o fim sem desdém
Nessa caneta de tinta verde

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Intuito tosco


Intuito tosco





Felicidade onde estará


Será no ar


Onde está


Será no amar


No coração que bate


Acelerado


Será no namorar


Onde estará




Idéias me vem na hora que não podia


Essa safra não sei de que dia


Como que um verso que me amanhecia


Poesia



Amores de momentos


Paixões de segundos


Vem e vão


Dentro – fora do coração



E acho na poesia


Meu único argumento


Anestesia


De tanto sofrimento



Fugindo é


Que a gente


Se sente uma Mané


E o encontro real eminente


Se faz conosco


De bom grado


Ou a contragosto


Neste intuito tosco


De tentar ser o que quer


E não o que consegue ser



E as ilusões voam


Feito papel em ventania


E as dores que ressoam


Se transformam em poesia



Fecho a porta do real


Olho no espelho do tempo


Quantas vidas refletidas


E mais uma se descortinando


De forma tão emocional