terça-feira, 27 de setembro de 2011

Setembro

Setembro



De tanto poetar


Algum lugar


Há de semear


A centelha do verbo amar



Setembro


Já tanto me lembro


Flores de jabuticaba


No âmbar abelhas


A zunir


Aos abelhudos



Cheiro de sembro


Tantos polens de flores de jabuticaba


Sinto o cheiro gostoso


Inocência


Passado que se foi


E presente que se acaba



Ainda bem


Que tenho a poesia


Prá voar


Em suas asas de fantasia



E me lembrar


Cheiro de setembro


Coisas que


Já eram


E nem mais me lembro .

Erros

Erros





No tangenciar


O erro vem


Na louca vontade


Maldade



Já era


Ao acordar


Já era



Escândalos em dizeres


Berra aos devaneios


Sem mais


Nem menos



O tempero


Vem na vida


O destempero


O erro



Cada qual


Late o fundo da alma


No lote de ações


Surrando de erros


Pobres corações


Erros, paixões



( Poema proibida) Noite dark

(Poema proibido) Noite dark




De noite


a lua surge


firmamento não mais blue


dark !



no meio do medo


o psico falha


no meio do Tráfigo


um segredo



guiando


nas curvas do medo


um psico falha


uma vontade nasce



vontade demente


mas que no semblante


alegrias e sorrisos mentem


o que a alma e o coração sentem



num grito silencioso


o louco arma seus planos extraordinários


contra os ordinários


já sentindo o cheiro


o mal cheiro de sangue



psicopata


revelado agora , nunca outrora


somente depois


de tudo consumado


tudo na calada


da noite dark



noite dark


sem lua , sem estrelas, sem nada


já era


dark, deletou o que queria


e so sobrou poesia



Por quê? Pior quê?

Porquê


Escrever por quê?


No tangenciar


Dias


Bastam as letras


Porquê


Inacabadas então


Poesias


Estão


Estamos a vivenciar


Porquê?




A poesia dá certo


Quando do bem


Que se faz


Programamo-nos


Pra frente


Compondo o futuro


Escrevendo


No frio no acalento




Dês animei


Não de poetar


Digitar


Parece até


Cansei de tanto compor


E nunca me completar

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

domingo, 7 de agosto de 2011

Animo des

Dês animei


Não de poetar


Digitar


Parece até


Cansei de tanto compor


E nunca me completar

segunda-feira, 7 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

Em conserva



Conserva







Concomitantemente a poesia


Na sombra da poeira


Vai se esvaindo em versos


Coisa conserva



Caixa preta de uma vida


Os versos escritos um dia


Numa noite de melancolia


Extensa e comprida



Sorriso fechado


Num mundo aberto


De tantas soberbas


Vai a ida e vem a volta


Calado



Meia idade


Meia cura


Na cura da mente


Doente de repente




Corre a água


Sopra o vento


No desmaiar de um poema


No desaguar de um acalento



Obscura



Obscura








Pula, exala e extrai


Cala a boca, fala


A noite na sombra que recai, cai


Poesia obscuramente louca,


Viagem sem mala




Sem fantoches


Estrela cheirando pachorras


Pateta em leves toques


Ilusões cachorras



A frente , fenda


Se abre na gruta


Da grelha porque se escorre labareda


Sonho guardado no fundo da gaveta


Da garganta


Sofocada numa gravata



Cócegas de medos


Num tamborim


Escorre por entre os dedos


Pálido assim



Poesia caricatura de vida


Real do realmente


O escondido na mente


De toda fugaz escrita perdida.

Pau no bueiro



Pau no bueiro









Talvez não tenha tanta poesia


Minha poesia


Talvez nenhuma


Mas há uma força que contagia



Infames solavancos vividos


Uma vida um querer


Sonhares proibidos


Paixões prioritárias ilusões


Em cativeiro e um monte de palavras


Não dizem absolutamente nada


Mal fadadas ao ermo


Feito um pau no bueiro



Um galho dissipado pelo tempo


Levado pelo vento


Estelarmente desiludido do topo


Queimado pelo sol , pela lua


Pela ignorância tua


Ou pela imagem linda da amargura


Encontrando no bueiro ao relento



Imagine bem


Quem diria


Um simples pau no bueiro


Coisa muito aquém a poesia


Se convergeria


Em poesia


Uma maluquice baldia





terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Barreiras






Barreiras











No embaraçar de um octilhão



Versos dementes vem e vão



Num costume voraz



De colher a palavra algoz





Poeticamente ver a vida



Uma espécie de inspiração pariental



Na poesia fazendo pasmar



O social , o estreito e o largo carnal





Como que um patinhar nasal



Em focas que espalmam alegria



Patola bitolada em pedras



Pedras no caminho da poesia





Mas nas barreiras em pecíolo



Peco frente a inspiração adversa



Na diversidade do exitir



Esse parental elixir





Na escuridão dos obstáculos



Pedras, colocadas entre pares



Perco o pejo sem pudor



No abraçar a literatura



Com ou sem meus óculos





Num toque de um pelintra



Os versos vem ao ver um papel em branco



Tinturo poemas feito tatuagens



Ou tatus a cavar seus abrigos





O poeta ao poetar



É um pirata de ilusões



Abocanhador de emoções



E vive e sofre e morre



Sem conhecer o pódio a chegar









domingo, 20 de fevereiro de 2011

Noite


Noite





Andando pelas ruas


De bicicleta ou a pé


Ruas, ruelas e avenidas até


Verdades nuas e cruas



É noite,


Cheiro de pimenta do reino


A dor do passado vem e arrebate


Cheiro de quando era pequeno



Pedalando ou caminhando


Almôndegas e espigas de milho verde


O nariz vai cheirando


É noite



Caminhando ou pedalando


Por dentro um vazio


E a solidão reinando


Batatas fritas e o poeta no frio



É noite


E agora que o tempo fechou


A escuridão cheira e fede


Como um cachorro que na chuva se molhou



Pedalando ou caminhando


Ora caminhando ora pedalando


Vou minha bicicleta empurrando


E pensando...




É noite


E agora a inspiração já acabou


Só mais um lembrete


É noite de sábado


A semana acabou


E este poema também



sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pleito poesia incompleta ( A existência )


Pleito






No tinir dos dias


Ilusões , devaneios tudo e nada


A tanto pleitear


A dor apelidar


Amores disabores cenários


Só a poesia descarada




Se humano é assim


Quer tudo pra si


No alto deleite


Só poesia



Tanta coisa tanta mentira


Tanta escritura


E o viver onde vive-se a realidade


De tanto


Me canso e deito


Penso até sonhar


Sonho ate dormir


Poeto até a o poesia nascer em mim


Que um dia iria viver a todos a ilusão


Da poesia em pleito.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Caneta de tinta verde


Caneta de tinta verde

Alta tese de ser
Um viver verde
Na espera descompassada
Sede

Turbilhão um mil a milhão
Na lavoura de emoção
Em doce amarga
Azeda estravagança em quinhão

Fluem jorrando reflexos
Surtidos devaneios
Imaginários fluxos de ter , querer...

Abdicado na ponta da caneta a escrever
Pela solidão a namorada eleita
A caneta de tinta verde
Na minha mão direita

Escorrendo sincera
Sinceramente coisas que ecoam da minha mente
Caneta de tinta verde
Na verdade em ditadura presente

Caneta de tinta verde
Com a timidez tão conivente
Tem para os leitores agora
Um deleite
Em versos faz se
Uma poesia verde

Caneta de tinta verde
Assim
Faz aqui a defesa
Sem fazer charme
No puro charme que já lhe convém
Até o fim sem desdém
Nessa caneta de tinta verde

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Intuito tosco


Intuito tosco





Felicidade onde estará


Será no ar


Onde está


Será no amar


No coração que bate


Acelerado


Será no namorar


Onde estará




Idéias me vem na hora que não podia


Essa safra não sei de que dia


Como que um verso que me amanhecia


Poesia



Amores de momentos


Paixões de segundos


Vem e vão


Dentro – fora do coração



E acho na poesia


Meu único argumento


Anestesia


De tanto sofrimento



Fugindo é


Que a gente


Se sente uma Mané


E o encontro real eminente


Se faz conosco


De bom grado


Ou a contragosto


Neste intuito tosco


De tentar ser o que quer


E não o que consegue ser



E as ilusões voam


Feito papel em ventania


E as dores que ressoam


Se transformam em poesia



Fecho a porta do real


Olho no espelho do tempo


Quantas vidas refletidas


E mais uma se descortinando


De forma tão emocional

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

ODISSÉIA A SOLIDÃO




Odisséia a solidão
Há quem não goste
Nem de ouvir falar nessa palavra
Mas é so uma palavra
Mas diz muito


Eu não
Nela me encontro
Solidão
Perdido no barulho da inspiração

No silêncio encontrado nela
Me sinto mais humano
Mais gente
Mais homem


É nela que penso
Lembro que ainda existo
No meio de tanta correria
E ganância
Vejo o que há mesmo de importância
Nessa vida capitalista

É na solidão
Que a gente pensa
O que nunca pensaria
Se não estivesse nela

E é no segredo da solidão
Que as coisas nos alcançam
Os desejos mais loucos
As paixões mais avassaladoras
As vontades dententoras
De toda genialidade fatal


A abordagem da solidão
Para nos é sutil
Astuta e voraz
Capaz de arrancar
Até do mais pobre ser
O que lhe há de melhor
A que ser e fazer

É no licenciamento
Que so a solidão nos dá
Que a gente consegue sonhar
Os sonhos impossíveis
Mas que nos fazem viver
Mesmo nunca
Nunca
Sendo realizados.

SUB VERSIVO




Subversivo




Nesse descompasso
Que é um viver
De amor em amor migrando
Mas tudo, tudo
Em pura ilusão
Frustração

O poeta
Não vive o hoje
So se for no hoje de seu mundo
Mas escondido
Onde só ele sabe
Que é o único sobrevivente
De sua estranha mente

De manhã em manhã
O passado se foi
E eu fiquei


Sentindo de longe
O cheiro do que é viver
Extraído do presente
Que é tudo que eu
Sempre tive poetar
A perder

Todo poeta é um ser subversivo
Tem na alma e na mente
Algo indescritivo
Mas que é escritivo
Indescritivelmente descrito

SEM RIMAS FORÇADAS


Sem rimas forçadas

Mas daí então
Poesias em vão
No tinir da horas
Sem belongas sem demoras


Quero uma chave
Um verso em sistema exato
Na pluralidade de ser
Nesse vier
Pragmático

E agora
Sem rimas nem cores
No azul e branco
De céu
Da caneta e papel

Os versos vão escorrendo
Pela ponta da caneta
Naturalmente
Como a vida nos vai
Furtivamente

Perene e assim
Sem cada qual em si
No âmago das emoções
Em céu e mar de colizões


Poemas em frustrações
Catalizados em estrofes
Com ou sem rimas
Sem rimas
De amor com flor
Mas sim
Vida com felicidade
A poesia real deve ser assim
Sem rimas forçadas

IN SANA


Insana


Balbucio palavras
Não há tempo
A inspiração vem e vai
Feito sangue que se esvai

Como as ondas do mar
Cada vez mais
Vem de uma forma
E de tudo se difere

O poeta não precisa
De que lhe façam biografia
Sua vida é a poesia
Sua própria auto-biografia

A boemia
Essa sim , a grande musa
Que alimenta os poetas
A tudo
De tudo e de nada
Mesmo que sobre sua tirania

Prá ser poeta
Não precisa de muito
Apenas aceitar
A condição humana
insana

ES CRACHO


Escracho

As vezes acho
As vezes acho tanto
As vezes eu acho tanto
Que tudo é caramba

As vezes eu acho
No me perder em ilusões
Isso é inspiração

As vezes eu acho tanto
Que tudo nessa sociedade
É cambalacho
Puro escracho

Talvez fosse melhor nem poetar
Mas que outra coisa a fazer
Se nem truco eu consegui aprender
A jogar

Mundo a dentro
Mergulhando em desacatos
Feito ratoeira armada
E pobres ratos
Atores dessa jornada
Como nós,
Sem ter certeza de nada

Poesia
Coisa de quem tem sofrido
Está no mundo perdido
Se encontra em ilusão
Poesia é ilusão
Poesia é
Cada qual com seu coração
Sua frustração


A poesia é uma forma de descarga
Desgarte
Puchada pelas cordas da insatisfação
De quem sente
Que apenas de tudo
Ainda é gente

CISMAS


Cismas

Cismei em cismar com cismas
Acordei, e já no espelho cismei
Nem vi direito
Mas no café da manha de cismas me alimentei
Tudo era defeito
Um ego sem qualquer carismas

Sem notar
O tempo foi riscando meu rosto
Corpo , pele inteira
Tudo
E de antemão
Em poemas , em versos, em frases
Vou riscando também o tempo
Esse borrão
Em sonhos de Memórias perdidas
Depois de algum tempo
De tantas ilusões

Meus focos
Sempre foram minhas cismas
Versos em blocos
Faço
Sem nexo
Sem auto-estima

Tentei, tento e tentarei
Mas ela sempre me encontra na esquina
Na verdade não sei
Acho que essa dor não livrarei
Nem com overdoses de morfina
Em cismas

AQUI


Aqui


Aqui
De novo de velho
Não consigo
De tanto tentar
Pensar sigo
Aqui

Sem saber
Sem da inspiração me livrar
Pensar, amar e sofrer
Olhos revirar
O que fazer de tanto sonho
Prá no final
Tão somente escrever


Imprimo emoções em versos
As vezes avessos
As vezes não
São como são

Sem sossego
Sem máquina alguma
No soro da ilusão
Sem ilustração
De morte de vida
Vida desgarrada
Paixão descarada

A caneta desliza no papel branco
Caneta de tinta azul
Com uma esfera na ponta
Hesferográfica

Versos ecoam
Pingos na chuva
Deslizam nas telhas
Acalmando a noite quente


Em devaneios
Passo o tempo
Preenchendo folhas
Em poemas
Sem saber o que há por vir
Pra mim ou pra você
Mas mesmo assim
Eu passo
A vida no tempo que passa

SEM MELODIA




Sem melodia


A poesia folheia momentos
Vividos no imaginário
Como se desfolha uma rosa
Sentindo a dor dos espinhos espalmados
Nos calos cheios de suor
E secos

Esse simples paradoxo
Momento poesia
Por si só bastaria
Pura sinopse da vida
De um poeta

No fundo
Cada pingo de suor
Sal e açúcar
Cada soro
Orvalhado de hormônios
Tem o tom da espera
A esperança
De um corpo momentaneamente
Não defunto

E a inspiração
Essa piração
Rasga a madrugada perene
De verso em verso
De boca calada
Só na poetação


Meus versos meus sonhos
São secos
São impares
Não cabe numa folha só
Via alem do infinito
De minha imaginação

Meus versos meus sonhos
Não cabe a mim
Dar-lhes melodia
Não são feitos para isso
São só lembranças
De que a gente é assim
O que é e não o que gostaria de ser

Autor

E é no vazio das madrugadas
Vem os sonhos mais loucos
As idéias mais íngremes
Os poemas mais lindos

Sozinho
No fundo o silêncio
Opaco
Na sombra
De uma vida sem carinho

É na madrugada
Que se sente os odores
Sentidos de dia
É onde todos aqueles disabores
Se convertem em poesia


E toda nervura
Toda braveza
Se rende a tanta beleza
Dos versos que na folha
Nas folhas se firugam

Mas sabe que reparando bem
Agora não está tão silencioso
Ouço o som forte
Da ponta da caneta
Deslizar sobre o papel
E é algo tão natural
A inspiração
Que parece
Que quem escreve
Não é a mão
E sim o coração
Esse sim é o autor

Autor


Autor

E é no vazio das madrugadas
Vem os sonhos mais loucos
As idéias mais íngremes
Os poemas mais lindos

Sozinho
No fundo o silêncio
Opaco
Na sombra
De uma vida sem carinho

É na madrugada
Que se sente os odores
Sentidos de dia
É onde todos aqueles disabores
Se convertem em poesia


E toda nervura
Toda braveza
Se rende a tanta beleza
Dos versos que na folha
Nas folhas se firugam

Mas sabe que reparando bem
Agora não está tão silencioso
Ouço o som forte
Da ponta da caneta
Deslizar sobre o papel
E é algo tão natural
A inspiração
Que parece
Que quem escreve
Não é a mão
E sim o coração
Esse sim é o autor