Calmante diário
Já está bem
Me sinto melhor, agora
Escrevi a minha dose de poesia
E um pouquinho da dor
Foi embora
A o pé da cabeceira
Um pé resvala
No mofo empoeirado
Dessa idéia poética
Sem era nem bêra
Mas é assim
Que gotija a poesia
Pingos deveras amargos
Na complexidade notória
Publica em alguns casos
Em outros não
A inspiração ta ancorada
No cais da esperança
Que todo poeta fala
Como que em braile aos surdos
Que não escutam mas vêem
E em gestos aos cegos
Na mesma ingenuidade
Descrita
Escrever sem se fazer entender
O poder e o querer
E o nada se abster
Ao escrever
No que se diz
Calmante diário
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