Dois pra lá, dois pra cá
E no infernal som de dança
Dois pra lá, dois pra cá
Meu coração se cansa
Fortes rufares em dores
Em mais um não ouvir
É coisa de se rir
Mas dançar nunca aprendi
E de tanto tentar
Acabei por desistir
Toma uma cerveja
Duas ou três...
Estou bom
Nada adianta
Um nó na garganta
Agora além do bafo
Tem um sono e dor de cabeça
E a vontade de ir embora dormir
Ganha novos respaldos
Cerveja não presta
E o som não para
Som horrível
Brega de sanfona
A mesma nota a noite inteira
Nessas festas corriqueiras
Cada um em seu próximo
Querendo passar uma rasteira
Nessas festas sim
Que se retrata o pior da vida
Dor a noite inteira
Uma dor lenta e constante
E no semblante se exala
A timidez é quem fala
E a idéia de ser feliz se cala
Vou embora pra casa
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