ESPELHO DA VIDA
No viés da triste escarnante solidão
Me vejo reflexo
Um morto mais vivo
Nú e sem amparo
Uma triste imagem num mero espelho
O espelho do coração
Mais uma noite
Jogada em palavras escritas
Sem hambúrgueres nem bundas
Sem poesia carnal palpável
Noite dormida para os meros mortais
Me assombra essa noite
Eterna e comprimida
Noite comprida
Assim, nesse mar asmo
Só uma saída há
Trancar no quarto
E agüentar toda dor sozinho
Pra tudo parecer normal
Aqui no fundo do poço
Se vê que o fundo é bem mais fundo ainda
Imundo
E ainda há como
Vazar desse fundo
Sem jantar nem almoço
A barriga ronca
A cabeça dói
A tristeza corrói
Lugar imundo
Me sinto defunto
No viés da triste escarnante solidão
Me vejo reflexo
Um morto mais vivo
Nú e sem amparo
Uma triste imagem num mero espelho
O espelho do coração
Mais uma noite
Jogada em palavras escritas
Sem hambúrgueres nem bundas
Sem poesia carnal palpável
Noite dormida para os meros mortais
Me assombra essa noite
Eterna e comprimida
Noite comprida
Assim, nesse mar asmo
Só uma saída há
Trancar no quarto
E agüentar toda dor sozinho
Pra tudo parecer normal
Aqui no fundo do poço
Se vê que o fundo é bem mais fundo ainda
Imundo
E ainda há como
Vazar desse fundo
Sem jantar nem almoço
A barriga ronca
A cabeça dói
A tristeza corrói
Lugar imundo
Me sinto defunto
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