sábado, 7 de novembro de 2009


Pedaços de um amanhecido








Em vez de dormir vou romper
Meus sonhos evidenciar
Na noite a cara do ser que não quer calar
Vou então, em vão poetar

Em palavras
Versos que eu faço
Vou chorar
Pra quando tudo terminar
Vou com a certeza do dever cumprido
Sorrir

Reviro na cama
A inspiração inflama
Folhas de papel
Na solidão tem gosto amargo
De fel

A poesia me chama
E a dor da desilusão
A perda de uma antiga paixão
Se renova a cada rosto
Sorriso de moça que a mim
Ao amor chama

Ouço a voz do coração
Tua voz em poesa
Soa versos escandalosos
Poeto
Enquanto não sossego
Pego a caneta e revelo
Minha inspiração

Em versos frios
Fritos no estalo de sonhos
No meio de tantos falsos
Sorrisos burgueses , amarelos
De gente , essa gente discrente
De amores descontentes

Só mesmo em versos
Real a paixão é ardente
Pimenta malagueta que se fede
Sofre ao desanimar
De mastigar
Pelo ardume castigar

De um simples amar
Amor amargo
Amarga a vida de fé
Sem nunca ter certeza de nada
Isso mesmo é o poetar...

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