quinta-feira, 5 de novembro de 2009


Teatro (28/09/2009)
Hoje á noite
Fui ao teatro
Ouro minas grande hotel de Araxá
Minha primeira vez


Antes não tivesse ido
Que desastre pessoal
Lá vi nada de tão perspicaz
Fiquei comigo no peito a dor atroz
Como sempre a sós

O cansaço me controlava
Enquanto a atriz de teatro
Tentava me fazer sorrir
Mas rir como
Se por dentro tava numa super tristeza

E tudo naquilo lá me desagradava
Nada , nenhuma moça me olhava
Nem moça solteira havia naquele lugar

Nada
Nenhuma cena
Nada me parecia legal
Dor integral

Todos sorriam
Eu não achava graça de nada
Nos atos nas cenas mal feitas da atriz
Os outros riam
Eu de nada conseguia sorrir

So queria estar longe daquilo
Coisa ridícula
Nem aplaudir tive a falsidade
De desagrado em desagrado
Assim foi minha noite
No teatro do hotel ouro minas
Copiando a minha vida real
É exatamente assim
Que mil dias e noites vão passando
Meus dias e noites ...

Só encontro na poesia
Razão interna prá viver
Só me sinto humano na poesia
O resto é heresia
Dessa hipocrisia
Dessa impozitora de regras
A burguesia

Tudo que não quer um ser solitário
É estar a lugares
Onde a felicidade reina
Onde estão os casais apaixonados
Os solitários e solitárias
São desse mundo os derrotados
Vivendo sobrevivendo desperdiçados
Aos pedaços
Pelos chãos e ares de mormaços
Em eterno descompasso

É maldade é tortura
Um individuo
Que a muito de solidão sofre
Se expor a ambientes
Infestados de casais e namorados

Hoje fui ao teatro
Antes não o tivesse ido
Talves agora não estaria tao triste
Mas essa poesia não ira existir
Mas preferiria
A felicidade e a paz
A guerra e a poesia

Mas fui
Me senti na obrigação
De ir ao tal teatro
Me expus a tal tortura
Loucura

Mas não fiquei até as cortinas se fecharem
Eu não sou tão forte assim
Sou humano
E antes , uns minutinhos antes
Fui embora de fininho
Como sempre
Ninguém minha falta , minha ausência nem notou...

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