quinta-feira, 5 de novembro de 2009

SEDUTOR


Sedutor


Desejo o desejoso desejo
Vem de moças o profano lampejo
Muito mais que um beijo
Quero tudo, o beijo e o queijo
Da cidade ou da roça, no seco ou no brejo


O sedutor não ama
Só pratica se fazer amado
Deseja, e o amor proclama
Na realização de mais um programa
O desejo da virgem moça seu nome jogar na lama
Cair na boca do povo, seu caso virar fama
Que por ele se inflama

Nesse entreter poético
Patético da sedução
Um coração pulsa forte no peito
Um exaurir quase epilético
O sedutor
Se faz nos sentimentos
Mais nobres e temíveis o motor
Pura arte da sedução
Não há moça a perder
E sempre tem o que quer
Sua atenção a prender

Sedução
Rima com coração
E assim como nesse verso
O sedutor se considera na paixão
O rei do universo

O sedutor seduzido

Por fim o inesperado
Excessivamente namorado
Tem se um sedutor desprezado
Já cansado
Pela vizinha do lado
Da esquerda e direita vazado
Tudo aproveitado
A qual esta sempre acanhado
Acompanhado pelo desprezo
Hoje é abandonado
No seu próprio veneno
Seu desejo abastado
De desejar sem ser amado
Ignorado

Sedutor
Em sua própria razão
Seu carro chefe é controlar a emoção
De nunca se entrelaçar ao coração
No meio da estrada abandonada da coerência
Esse tal carro fundi inesperadamente o motor
O motor é a relação
Propalada
E o sedutor de tanto flertar
Acaba a solidão a amar
Por nunca te-la
E sua paz tanto admirar

O sedutor
Enfim se apaixona
Sem saber
Sem querer
Mergulha nesse sofrer
Por tanto tempo
Dela se esconder
Acaba sem ter seu corresponder

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