sábado, 7 de novembro de 2009


Noite escura




Lâmpada que arde meus olhos
Vai arder La no escuro feroz La fora
Iluminar sim é o que tem que ser
Eliminando os mal presságios
Fritando olhares gulosos algozes

No emaranhado de sonhos
A note escura
No silencio a dor do brilho na vista cura
No orgasmo de um vivo furo
A imagem dela retrata
Toda dor e prazer sentida
Em um forte cheiro de fritura

Melancolicamente efêmero
A fera solta dentro do ser
Faz noite escura
Até mesmo a noite de lua cheia

E nem o sol
Com toda sua fulgura
Astro-rei de soltura
Consegue dispersar essa noite escura
Esplandecida no manchado lençol

Enquanto isso ela se diverte
Com o amor que a poesia se arremete
Na frente e atrás do ser caliênte
E o coração apenas sente
O espinho em verso cravado
Feito garra de uma gata
Borralheira de cara borrada
E no pescoço a falta de ar gerada
Por um nó na garganta
Aplicada por ela uma gravata
Paixão ingrata

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