sábado, 7 de novembro de 2009


Poesia nada a ver




Se eu não escrever agora
Estas palavras
A inspiração vai se embora
Pois ela não demora

Essa poesia se consumirá
E a noite pra mim
Não existirá

Clara nuvem do acaso
Me irradia
Explandece e me emplora :
_Eduardo escreve uma poesia agora


Toda poesia que tenho
São inspirações
E ao transferir para o papel
A vida dura mostra –me que é um féu
E a moça enfim tira seu véu
A poesia que me ignora
Admiradora que em segredo
Me namora

E eu aqui balbuciando
Palavras bregas ,coisas adjacentes
Melancolia cretina
Na noite escura
A claridade da lua me azucrina
No vento a bailar
Feito cavalo em balançar tua crina
Cheiro forte de criulina

Nada a ver , coisas perplexas se miscigenizam
Dor, amor, tédio , mistura explosiva
Mas é assim que a poesia
Nesse ambiente dispare
Essa inspiração gerativa
Se cativa

Nenhum comentário:

Postar um comentário