terça-feira, 3 de novembro de 2009

Poesias de Eduardo Flávio Jacob
LIVRO: Versos não enviados
2009



IMPURA DOÇURA

Eu a quero ...
Linda e singela
Minha eterna paixão
Como ao príncipe
Sua donzela,

O tempo passado...
O tempo passou...
Ainda a quero, eu a quero...
Como o mesmo Furôr
Meu amor, minha Flor.

Eu a quero,
Me cativaste com os olhos,
Com o corpo e até com a alma,
Eu a quero...

Eu a quero....
Mesmo já nem mais donzela, tu não és,
Eu q quero...
Mesmo já a muito de Florada.

Tanto a quero, que...
Mesmo na vida se perdesse,
Encontrar-te-ia
Seria minha maior alegria,
Eu a quero...
De qualquer jeito eu a quero,
Sempre a quero....
Impura doçura.












ATUAIS

Calço os sapatos e saio correndo,
Sem destino,
Um doido sem era nem bêra,
Parece estar nascendo
Mas o que fazer alguém lúcido
Hoje em dia está podendo,
Num mundo indigente, sofrente
Sufocado por tanta besteira

Entre ruas e ruelas,
Quero uma pinga na guela,
E uma cerveja gelada
Bem loira e magrela
Num vicio desvairado
Grito seu nome embriagado,
Doce glicose destilada,
Faceira, ilusão abstrata,
Em poesia apaixonada.

Olham, riem, desdenham,
De si mesmo os colegas,
Terrestres criaturas mundanas,
Cada qual mais podre e profana,
Ao denegrir em discriminar,
A si próprios, hipócritas
Num vulto de insensatez predominante,
Que a modernidade
A casa dia mais nos envergonham.


















SÓ POESIA

Já nem sei por que escrevo,
Só sei que a quero,
Mas também sei,
Que a mim não me quer,
Por isso não vivo mais...

Sei que é assustador pra você,
Receber a poesia de uma alma,
Mas essa alma apenas ama,
Apenas a quer,
E a quer bem
Porque ama-te.
Ainda encarnada.
Já não vivo mais,
Desde o dia quem que,
Tive a certeza de que não
Nesta terra feliz seria,
Pois nunca me amarias, tu nunca...
Desde então sou só poesia.


Estes versos, quem te escreve,
É uma alma, não um corpo,
Porque tu me cativaste,
E és para mim única neste mundo,
Podes até, jogar fora esta folha,
Queimar esta poesia, mas...
Nunca poderá queimar,
A alegria desta alma,
Quando a vê; linda como quando
Me apaixonei por você,
A única no mundo.
















SER MINEIRO

Típico trem,
Nem precisa falar uai,
Um uai agregante ao nóis,
Aqueles que não esperam,
Fazem acontecer,
Comendo quieto, quer seja os pães de queijo,
Quer olhando o horizonte,
Ao anoitecer
No interior de Belo Horizonte.
Aqueles que acordam cedo,
Nem esperam o relógio apitar,
Antes do galo,
No terreiro cantar,
De perder a hora sentem medo.

De terra fértil, mineiros
de riquezas minerais, minérios.
Terra onde até o ouro é de outra cor,
tão criativos que
cultivamos nosso próprio ouro,
e exalamos seu cheiro,
todas as manhãs ao tomá-lo,
doce toque amargor.

Mas, mineiro é muito mais que ter minérios,
é saber ser alguém sem esnobar outrem,
é modernizar mas ter critérios,
respeitando a natureza de onde tudo lhe vêm.


















ALMA DESINCARNADA

Ao menos um consolo me é permitido,
minha musa inspiradora
imortalizei-a, em meus versos,
meus livros, muitos livros de poesias
minha obra completa dedicada a você.

Venho ás vezes a me imaginar,
imagine comigo quem ler-me,
daqui a 200 anos já minha musa,
não estarás aqui, quando
fores como eu agora, uma alma.
Apenas uma alma.

Ainda assim, os que ficarem aqui,
saberão que eu fui quem mais amei,
meu amor é eterno.

Eu vou, mas minha obra literária não,
Tu também, passarás
Mas ficará em meus versos,
Imortalizada na literatura,
Serás a musa destes versos,
que um dia serão,
cobrados até em testes vestibulares,
eu a quero...

Talvez ria de mim agora todos,
Mas nesta vida me diga,
qual o poeta que me vida foi compreendido?
Eu a quero...
Eu a quero...

















TERRA QUERIDA ARAXÁ

Mesmo absorto,
me sinto distante,
quase morto,
sem dor, sem pesar, abastado.
Me sinto de mim,
ausente,
quando de minha vida afastado.

Fui embora,
longes campos vi pela janela,
plantas, animais,
como antes já não era,
nem me sinto mais.

Graças ao bom Deus voltei,
Prá minha Terra querida,
Tanto amo e nunca pensei,
Minha terra querida.

Aqui,
sou eu mesmo,
e tudo é o que é,
não tem explicação,
não preciso perguntação,
ao contrario aqui,
sou eu quem sossego,
de turistas a inquietação.

Aqui, é o meu lugar,
nunca dantes imaginei,
o quanto minha Terra iria amar.
















AMOR MAIOR

Sou triste,
Me sinto envergonhado,
por pela estar gamado,
essa historia que só para meus versos
existe.

Desesperado tento
Ao acalento do vento, tempo
No céu de tormentos,
Adoeço e adormeço
Nos desejos incontroláveis,
de ser feliz com a moça
dos sonhos.
Ainda estou aqui,
Mas também não estou,
pois, acho que o poeta,
está onde está o seu pensar.

Minha musa,
nunca me abandone,
musa minha, musa usada,
por outro lado pelo amor real, carnal,
e por mim em alma,
qual o maior?
O carnal ou almal.





















LONGE DE ARAXÁ

Que saudade que sinto,
E não digo uma, mas diversas
De tudo.
Até mesmos enjuramentos,
das fofoqueiras conversas.

Ruas, pacatas,
casas singelas,
pessoas hospitaleiras, sem grades nas janelas,
ai que saudades que sinto agora,
cafezinho quentinho,
leite puro e pães de queijo,
tão gostoso feito beijo,
calma feito um bocejo;
minha cidade com tudo dela,
meu maior desejo.

Conheço bem suas ruas,
pontos, encontros e desencontros,
cidade amada,
minha Araxá.
Só agora a mim desvendar,
depois de todos esse amor,
só agora,
descobri minha paixão,
eu moro em Araxá,
e Araxá em meu coração.




















DESDE ONTEM ATÉ ETERNIT

Eternit,
de hoje em diante,
quando sentires o cheiro,
ou ouvir este Aroma,
Lmebre-se irá de mim; este poeta,
Mas não por usá-lo,
Mas pelo eterno Amor que
Por ti vivo.

Finjo não ser o que sou,
E acabo sendo o que sou
sem saber que estou
Tentando não ser o que não sou
e sou o que sou, seu!

Desde os tempos idos,
Tempos de ginásio,
Colégio polivalente,
Onde conheci, a mais bela
e não impossível pra mim.

Aí naquela época,
Começara minha torura,
de amar e saber
que nunca seria correspondido.

Mas por favor não peça-me
pra esquecer-te,
porque te Amar é o que me faz
ter vontade de viver,
eu te amo e de paixão.

















MOLHANDO A PALAVRA

No caminhar instante,
de poeta infante,
A paixão triunfante,
Vem a ver no puro se esconder
entre escombros literais,
de quando embelecido em perguntas doses,
aos versos a palavra
aos apaixonados a poesia embriagada.

Engolindo seco
no escuro que a luz das trevas
vem chorando em trovas,
molho a palavra
em um copo cheio,
de amarguras,
noites escuras,
sonhos vem e vão em Figuras.

E o líquido se evapora,
no pensar de mais,
o pobre chora,
e a hora, e o tempo vai-se embora,
já não se sonha,
não se fala,
chora,
frente ao copo,
a palavra molha,
uma vida seca
mais uma triste história,
a desilusão devora.


















POETA INTERROGAÇÃO

Minha poesia tem palmeiras,
onde choram os pardais,
os versos que aqui escrevo,não emocionam como lá,
no coraçãozinho de minha Flor.

O poeta é,
um camponês, um operário,
cultiva sentimentos,
e monta versos em poemas
na automação filosófica
das emoções.

Respiro o ar,
e exato poesias,
transpiro lágrimas,
e inspiro solidão.

Versos de amor são como o amor
o próprio Amor,
as vezes retos e
e quase sempre tortos.

Estou cada vez mais só,
Me discipo em desalento,
Deslizo em meu destino,
E nem sei o que dizer,
O que fazer?

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PAIXÕES DEFUNTAS

Mas eu quero mais que isso
um sentimento de viver,
ser,
e uma paixão concreta,
num mundo irreal na real
vive-se a emoção obstrata
é nisso que a vida
de um poeta se retrata.

Hipocrisia
andantes amores transeruntes,
paixões defuntas
furtificar mais que se vê
pelas ruas desse mundo,
defunto.

Mas eu não quero mais,
essa ilusão,
de iludir-se pela sociedade,
ao apresentar-se, representar-se
ter que dizer, tudo bem,
quando se está tudo mal,
triste sina social,
sem nem uma sombra de verdade.

Aos olhos de poeta é diferente,
o coração não apenas bombeia,
faz uma paixão que a mente
vageia.


















O LADO TRISTE DO NATAL

Fico aqui,
fincado no meu quarto,
meu mundo,
meu eu próprio defunto.

E mais de tantos outros,
em essência no meu quarto,
em essência no meu quarto,
sozinho no mundo,
de novo... de velho...
Tudo igual, prá mim isso é Natal.

Minhas riquezas são essas,
meus versos, meus sonhos,
minha inspiração,
meu mais nobre sentimento,
o Amor.

Vejo na tv,nos jornais,
Soterramentos,
Estou soterrado em minha ilusão,
E ninguém vem me salvar,
Enquanto isso a vida
Explode e acontece.


Prá mim, o que tendo a perder?
Não tenho e nunca terei mesmo
Minha amada, minha realização,
O que me importa,
Já perdi, sem nunca partido,
A minha única paixão!

















TRISTE INESPLICAÇÃO DE UM NÃO

O poeta carrega no olhar,
a dor e a glória mesclados,
de praticar o sofrer no entregar,
e a dor de ser rejeitado.

Só que quer saber o rejeitado,
é o porquê de ser um coitado,
lutando pela ilusão já perdida,
quer saber o real motivo escondido,
que faz e é,
mas ninguém nunca diz,
o porquê do ser negado.

E é preciso muita coragem,
no alto da covardia,
que vão e tosca picardia,
de mais mínima linguagem,
que no tempo se desvia,
de um ser sua linhagem.

Olho para o céu e nada se vê?
Pois nada mesmo há
há se ver,
quando o coração não quer ver.

E é assim mesmo a vida,
amargar a tristeza de um não,
e esconder o sorriso de um sim,
por não saber se esse sim
é mesmo um sim ou mais um não
camufladamente disfarçado.

















VERSOS VEVERSOS

Escrevo,
em papel velho, caneta nova,
nova poesia velho amor,
antiga paixão em novos versos,
versos reversos,
vida ao avesso,
confesso: ainda escrevo.

Já nem sei mais,
quantas canetas já gastei
mais de mil folhas eu sei,
em poemas anos atrás.

Vico, digo isso por dizer,
pois de tudo que tinha pra perder,
perdi a mulher mais amada,
que eu quis, e
o que da minha vida fiz,
além de poemas e cartas.

Versos mórbidos,
mas não mais que uma desilusão
de um amor que se perde
mesmo antes de amar
de verdade.

Tropeço na rua e caio,
ninguém à me ajudar,
foi sempre assim,
de mim o que sei de amigos
é que sempre zombaram de mim.

















MORBIDEZ

De nada adianta o desespero,
em viver uma vida no destempero,
muitas vezes essa paródia de mineiro,
é acordar olhar para o lado
e ver que ainda está solteiro.

No furor de quentes noites,
noitadas,
a frieza da manhã incerta,
feito flecha lançada, não volta,
aos beijos e abraços
de uma doce namorada,
que sumiu na madrugada, embriagada.
Noites meliante,
dias apavorantes,
até quando esse ato de escrever,
meus dias irão consumir,
vivo vivendo,
escrevendo,
sem saber o que há por vir.

Parece um eterno caminhar na chuva,
tentando em vão,
fugir, desviar dos pingos,
que caem sobre mim,
feito o destino que recai,
e não tem como fingir,
que não se está a coexistir,
apenas na morbidez da solidão,
de abandono,
apenas esperando o fim,
poetante por ti e por mim, pelo não e o sim.
















VIVENDO A VIDA


E ela se foi,
mas não como um navio no cais,
que vai e se sabe quando se vens,
eu nunca sei a próxima vez,
que a verei.

Da última vez achei,
que nunca mais,
mas poucos dias atrás
e é provável que a verei
aqui na cidade nesse Natal.

Mas sobreviverei,
eu sei,
como sempre, eu fiquei
eu no Natal, Reveilon, carnaval,
sozinho de tudo,
e etc e tal.

Sei que irás, irão pensar,
e dizer ordenar-me que esqueça,
que viva a minha vida,
mas não é possível,
impossível esquecer de respirar
depois que se nasce,
e viver a vida,
minha sem ela,
é só pra minha musa poetar,
sonhar ...
chorar ...
amar...












OLHARES NA RUA

Observe a vida,
e não ter como a vida alheia
ser alheio,
correndo a pé na rua ou avenida,
percebo as tramas em teia,
que a muito esquecida,
paixão pelo amor em poesia.

Poesia de hoje em dia,
muitas vezes na vida endurecida,
no meio do caos urbano esquecido,
a emoção teima em existir,
seja no porão,
ou no peito do poeta
uma razão.

Caminhando continuo,
e de tudo se vê,
no nada e na mesmice
que não se encontra na tevê.

Na rua,
memórias vem e vão,
faces mudam e a sensação é díspare que,
que novidades exploram a qualquer hora,
sem ter porquê.
Sem ter história
como na falsidade das novelas
distinguidas em comover e manipular
a grande massa popular,
coisa nada salientar.













QUIABO COZIDO


Acredite,
desde o dia, o primeiro de todos os outros,
dias que viveria,
naquele dia em que a vi,
senti o amor eterno me tocar,
e desde então não me canso de poetar.

A caneta entre meus dedos escorrega,
feito quiabo cozido,
disferindo em rápidos golpes,
estocadas de versos
em coração aberto inquieto,
sentimentos a lama me alegra.

Carrego no olhar a tristeza
de tristeza em tristeza
fui compondo esta vida,
e de alegria não entendo,
só tristeza.

Já não tenho mais sonhos que sonhar,
já sonhei todos,
sonhei que eu era alguém,
mas alguém sou,
mas se pra minha amada não existe,
pra mim neste mundo não vivo,
sobrevivo.

Só o que me resta é poetar,
se de tudo, que tanto sonhava,
tudo veio a fracassar,
como na velocidade de um quiabo cozido a engasgar.











ALGO INCOPIÁVEL


A poesia não é como um bar,
ou outra coisa ou lugar,
não se aprende a poetar,
a poesia é como o mar,
inspirações são as ondas,
onde trazem e levam emoções,
mas sempre deixam nos poetas,
nos banharmos.
O sal amargo da paixão a perder ou ganhar.
Não se comanda a poesia,
é pura existe magia,
vem e domina o ser,
e este tem que escrever,
queira ou não queira,
possa ou não possa,
tem que poder.

Pois o poder da poesia
é algo inenarrável,
inebriante gosto de prazer,
que só se sabe
quem vai se ter.

Ser poeta é algo incomparável,
o poeta é conhecido,
tem o jeito, o toque diferente,
dom admirável,
de ver o que todos olham
e não vêem,
só ele enxerga.













ESCORRENDO EM PERDÕES

Não ,me condene,
por favor, apenas reze por mim,
reze por essa alma infeliz,
no meio das decepções,
Aprendi a perdoar
e hoje já sei perdoei,
quem a mim mal me fez.

Não me condene, por favor
Imploro, perdoe-me se muito amei,
Apenas sonhei,
que podia minha linda paixão
conquistar com poesias.

Já que não nasci de bens abastado,
muito pelo contrário,
Beleza nunca possui,
nunca fui vaidoso,
muito menos descontraído,
retraído em mim mesmo,
Fui passando meus miseráveis dias,
a sombra as poesias.

Amigos ...
o que são amigos?
só que conheci foram traíras,
colegas de mim sempre zombaram,
fraco, raquítico, tímido, pobre, e poeta,
amigos não conheci; não sei que é isso?
Isso é bom ou ruim?














INVENSAO DA VIDA


Vivo a voar,
passo meus dias a voando de ilusão em ilusão,
minha vida real
prá minha ilusão não é minha realmente,
mas a imaginária,
esta sim é a minha real vida,
pra mim.

E seu pestanejar,
no ato vão de amar,
e nunca ser amado,
me ponho mais uma vez
entre mil dores
a poetar.

E é no calor dos acontecimentos,
que tudo acontece,
até mesmo a poesia
que me apetece.


Poesia indomável,
me vem forte implacável,
me abate e me faz refém,
e os meus versos escritos,
são o resgate,
de meu eu.

E mais uma vez,
triste encerro uma
triste poesia
mais uma dor escrita de cada vez.












VIDA VAZIA


Parece piada,
mas é minha vida,
em notas tristes pintada,
de cor enfadonhada e
de desilusão fadada.

Como dizia o “ Bandeira”,
“ Faço versos como quem morre”
Apesar que as vezes acho mesmo
é que já estou morto,
e um dia quem sabe,
nascer irei.

Meu tempo passou,
não me casei,
não me enrriquei,
não me embelezei,
não me envaideci,
não tive filhos,
não tive amigos,
não tive oportunidade
afinal, o que tive então,
alem de poemas,
pra fazer?
Inspiração!




















CISMAS

Levanto no meio da noite
um copo de versos me entorna sonhos
no meio de um sono
entrovoadamente bacana,
e nem sei mais ainda,
o porquê desta surra esse açoite,
que levo a cada despertar,
sabendo do gosto do féu,
que me bombardeia a desilusão,
calçada por sonhos inerrealizáveis,
desejos memoráveis.

Sou engolido pela gigante fantasia,
feroz, ferrenha,
que luta e vence a noite
com perpscacia absoluta,
na relatividade de tudo,
das coisas e de meus versos,
meus sonhos descritos
escritos e lidos em folhas.

E vem a cisma de tentar,
tentar ser alguém,
algo que o sonho traz
em um segundo,
basta no fechar dos olhos e
tudo vem,
a poesia se concretiza,
em meio a esta selva de pessoas,
canibais devastadoras de sonhos,
desejos alheios.














DESGRAÇA COMUM

É triste admitir,
mas assim como eu,
existem centenas de milhares
de pessoas no mundo.

É muito triste assim viver,
só de poemas se sorver,
as vezes,
meu café da manhã são versos,
e de tardinha ao cair da tarde,
poemas me inspiro a Fazer;
ou melhor: SOFRER!

Mas se não fossem os versos
não mais vivo estaria,
a poesia mim anestesia,
quando poeto não sou carne e osso,
sou apenas alma.

Mas ai ...
como eu queria,
com ela passear de mãos dadas,
minha paixão,
amais linda emoção,
que um ser humano pode sentir,
o amor de paixão.



















FIM


Nessa vida, cada um de nós
tem seu papel,
não adianta tentar mudar a sós,
nem acompanhados do mais fino
e doce mel,
este viver temperado com Féu.


Pode a guerrencia,
guimera de guerrer,
tentar do paraíso
o céu sorver,
mas nesta terra de cegos
só quem vê,
é quem não se pode mais ver.

E neste comboio de historias,
vivemos cada dia
com novo e inédito sofrer,
fantasiando segredos,
impossíveis realidades,
escritos por entre os dedos.

E assim,
a vida vai nos escapando pelos ares,
e nem sabemos ou temos tato,
de que nossa face
gravada no sofrimento retrato,
passando vai,
e ficando pra traz nossos
sonhos, desejos mais consumados,
na inexatidão das trevas,
nossos dias se acabam.










CACHORRO DOIDO


Andei atordoado como um cachorro doido,
derramando versos
como baba de cão raivoso,
perigoso.

Andei atordoado atormentado,
por imagens
de minha amada adorada,
nos braços, nos beijos
de outro amor.

Me plantou a dor ao coração,
enraizou até a alma,
essa dor,
desse amor.

O que fazer pra menos sofrer?
espairecer,
e andei como um louco,
que não sabe que faz,
mas faz algo pra tentar aliviar,
mas se condena em seu olhar.

Chorei mais que sorri,
andei mais que tudo,
nem vi os meus anos se irem,
e agora,
minha vida se foi,
e apenas de mim ficará os meus versos
versos côncavo ou convexos.















AO MEU CÃOZINHO ( ROSSI ) in memorian

Pulando e abanando,
Todo alegre, sempre,
estabanado,
nunca me esquecerei
meu amigo Rossi, para sempre,
meu melhor amigo.

É impossível segurar a emoção,
e as lágrimas rolam,
no ato triste e ao mesmo tempo
alegre,
de relembrar momentos ímpares,
que vivi em minha infância,
com meu amado cãozinho ROSSI.

Era branco,
meio encardido, pelo curto,
orelhas caídas,
e ao olhar atento,
muitas vezes parecia sorrir,
tinha o porte de um labrador,
mas era considerado na época
um simples vira-latas.

Quando chegou para mim
presenteado por um tio,
adoeceu, de paravirose,
mas não foi desta vez que perdi,
tratamos dele, ele curou,
curti muito sua companhia alegre,
brincalhão e dócil,
ai que saudades do ROSSI.

Era dócil e ao mesmo tempo um valente,
enfrentava de perto aberto,
qualquer um que a mim
fosse ameaça,
ai que saudades do meu cãozinho.

Vivia sempre no quintal de casa,
de dia ficava amarrado,
e a noite era solto na horta,
excelente guarda,
pegava até os mosquitos
que lhe importunasse.
Meu cãozinho era um artista,
construía túneis,
cavucando a terra,
fazia com muita modéstia,
era sua forma de expor.
Toda poesia de cão.

Na rua nunca havia ido,
só no quintal ficava,
certa noite, não sei como e porquê,
fui ao quintal para brincar, de manhã,
e lá Rossi não encontrei,
havia pra rua saído,
desde então nunca mais o vi,
ai que saudades do ROSSI.






































QUEBRA CABEÇA POÉTICO


Em minha vida manchas,
incomuns, perenes e fulgares,
manchas vorazes,
permeando-me em versos.


Versos, ah ... meus sonhos,
desenhos de adolescentes,
em vida, de um poeta,
poeta a vida inteira.

Procuro atingir o âmago,
mas só alcanço mesmo,
é da vida amargo.

Poesias se formam,
em uma vida que desfaz e ela nem se importa,
mal educada como uma porta.

Minha poesia não faço,
é minha poesia quem me faz,
e nesse eterno quebra-cabeça poético,
quase sempre me sinto patético.

Minha poesia, meu calmante,
que ao invés de me dispendiar
depois até algum lucro
poderá gerar,
totalmente pelo contrário
dos calmantes.










SE EU NÃO FOSSE POETA


Sinto-me dissipar a cada vez,
que a vejo,
porque quase sempre,
a vejo sorrindo em outros braços.

É, já era...
aqui, aprendi,
que na vida só se tem mesmo,
aquilo que não se tem realmente.

E o amor...
razão maior do meu viver,
nos prega peças com a forte,
e implacável paixão.

Coração que pulsa aqui,
não me pulsa, expurga,
no contentamento de querer,
mas saber que nunca irá ter.

Se eu tivesse coragem,
esse versos não existiriam,
se eu não fosse poeta,
o que eu seria?
Talves eu seria feliz.


















DESTINO

Não adianta tentar mudar,
o que já foi está,
num futuro marcado
num passado que irá
cedo ou tarde se mostrar.
E o acontecer vai
mesmo sem querer
acontecer, na noite que o dia cai.

É irrelutável,
o salutar ato de tentar mudar,
mas de nada irá,
em apenas retardar,
o futuro que te espera,
só resta esperar.
Passam trabalhamos, luta e estudo,
nada, que a gente faça já
pode como tudo,
que escrito já está,
apenas faz um borrão,
e quando o tempo vem,
apaga esse borrão, no além
e o que se ressurge,
é a verdadeira,
Face do destino
contornado, predestinado,
atacado,
porém nunca findado,
implacável destino,
que não aceita opinião.















ESCAVUCANDO

Nesta vida é tudo ao contrario,
nascemos sabendo viver,
e desaprendemos a cada dia,
cada suspiro nos aproxima,
um pouco mais da cova,
e abre as portas de nosso jazigo.

Enterramos e somos enterrados,
por nós e para nós,
para que a poluição visual,
de vermos aparecer por vermes,
não impactue-nos muito,
só um pouquinho.

Não sou contra,
nem a favor,
muito pelo contrário diferente,
sou poeta, sou verso,
um versículo.

Sou mineiro,
escravo a terra,
procurando o amor, a paixão,
mas minha paixão,
não consigo conseguir,
sei onde está mas não posso parar,
apenas olhar e sonhar ...

Chorar ...














VISÃO DE UM SER POETA

O poeta muitas vezes,
vê a vida diferente,
pelo fico das letras,
uma visão coerente.

Faz sua história,
pintando folhas em poesia,
feliz sem qualquer glória,
leva a vida na pura fantasia.

Assim se entrete os dias,
noites a fora
tardes amargas de solidão arredia,
por qualquer ausência o poeta chora.

Sente na alma a sensibilidade,
carta, estreita a mão tem mais validade,
na máquina as letras são iguais,
e a pura e real emoção se desfaz,
por isso o poeta escreve a mão,
papel e caneta na explosão,
explosão demográfica das letra,
que festejam a criatividade,
a elas retratadas em cumplicidade.

Pingam dias,
versos em poesias,
poetas em suas fantasias,
crescem, engordam seus livros,
e a cultura estampa cada vez mais,
bibliotecas e livrarias,
poetas tentam regimes, de obesas decepções arredias.













FUI DE ANO

Neste tempo é quando mais contemplo,
Fim de ano, todos sonhos acabam,
e muitos festejam,
minha vida é um exemplo.

Mas não de tudo é um exemplo,
apenas no amor não me regalo,
também tenho muito agradecer,
esses poemas que faço são pra esquecer,
que minha musa adorada nunca vou ter.

Fim de ano,
época feliz, época triste,
digo sem engano,
depende de quem existe.

Muitos sonhos se foram,
muitas vidas que se já não vivem,
mas com o fim o começo,
e meus versos são o começo,
a prova disso, padeço.

Me torno poeta a casa hora,
pois penso nela,
incensativamente, insensatez,
me passo a diante,
dela distante,
perto de mi em beleza,
ela parece uma gigante.

















UMA VIDA

E quantas vezes como agora,
na solidão doloroza,
a chegar em casa, na aurora,
depois de tantas companhias,
a solidão reina e me apavora.

Me sinto este ser presente,
ausente de tudo,
apenas em mim,
existe de fato.

As vezes pense que ano passo de
um boato,
numa trute sina,
desenhada, resenhada,
que tristeza nessa vida,
beato.


Palavra, forte está dita,
ninguém quer ser só,
ninguém reconhece a própria sorte,
a desgraça alheia é sempre o foco,
da vida de todo ser
humano,
que no condenar mais
parece dês
humano.
















INSONIA

E meu sono nunca vem,
rolo na cama,
todas as noites,
incontroláveis não sei,
ou se sei,
que é por ela que não durmo.

E é impossível não pensar,
se será que ela
em algum lugar,
também por mim se rola,
a pensar.

Linda demais,
assim em minha flor,
espetáculo da vida,
é quando a vejo sorrir.
Aí nem sei mais onde,
ou por donde,
é o começo ou o fim,
só sei que me vejo
no meio de um amor em mim,
e a ela em coração digo sim,
eu te amo.

Mas toca a vida em frente,
já que a vida é assim,
o que a vida é assim,
fazer, senão ; poesias escrever,
e na vida seguir carente.















CAÍ NA REAL

Logo eu que tanto fiel,
estudei, trabalhei, me reservei
para o amanhã,
idealizado tudo melhor,
tudo certo,
em minha ilusão seria,
uma vida de sonho e magia,
mas só no amanhã.


Que desgosto, tristeza tanta,
ao hoje perceber,
que o amanhã é hoje,
e já foi ontem,
e eu nada que sonhei,
realizei.

Agora tenho pressa de viver,
não tenho medo,
pois já medo,
pois já conheci,
o horrível gosto da decepção,
desilusão.

A vida me mostrou sua face má,
fui forçado a sair de mim,
de um mundo que imaginei,
mas que só me desativei,
chorei.

Já nem me importo com as rimas
o que quero é viver o dia,
me satisfazer é viver o dia,
e minha alma abastecer de poesia.











SINAIS



Saísse à Francesa,
nem com um cheiro de champanhe no boato,
esqueço o sabor do amor platônico,
poeto não nego,
como um escravo da paixão vivo.

Queijo como,
sabor igual melhor seria,
sem o próprio cheiro aroma,
eu, e eu só fazendo poesia, como queijo.

Vejo sinais no âmbito terrestre,
e extravio-me no âmago,
dentro de poemas em âmbar preços,
cativo fico, olhando o próprio umbigo.

Tenho medo,
confesso-te minha vida,
vivo e existo,
consisto e preciso perder,
o medo de sentir medo.

As coisas se acabem,
mas incrível como o poeta,
tem fascínio pela eternidade,
o amor de poeta é o mais perene permanente,
dura mais que a própria vida,
dura o tempo que durar seus poemas.














PELEJA DE SER CORRETO

Sou um andante estético,
Voo mais que a visão de linha,
de dia ou de noite,
toda hora vôo,
vou a lua e volto em segundos,
e assim vivo.

Não a ser um puritano,
todo poeta já foi um dia marginal
um ser poesia,
aflorado em emoção.

Me sinto muito leve,
quando pratico o correto,
mas já que correto,
pode ser ao ser poeta errado,
da condição rela de
um eu que poeto.

O poeta não tem tarjeta,
ele escreve o dardejo ,
e exala poesia,
suando expelindo a voz,
a palavra democratizada.

O poeta muitas vezes,
é um revolucionário,
de causas próprias,
irreais na real solidão,
de um ser em paixão.













SORRIR AS LÁGRIMAS QUE CHORO


Liberta da paixão incerta,
eu a quero,
te sigo e te vejo sorrir,
as lágrimas que choro,
eu a quero.

Eu a quero,
linda e Formosa,
e o que mais quero,
me desespero e flagelo,
eu a quero.

Desejo talvez vão,
eu a quero,
por quê não dizer eu a quero,
se eu a amo de paixão.


Enfim e em inicio,
eu a quero,
feliz e austera,
na sideria estelar da pétala,
rasgando bordões de mágoas,
nos corações de quem a ama,
eu a quero.

Já fui magrelo,
quase Obezo, e meio termo,
eu a quero de qualquer jeito,
gordo ou magro, rico ou pobre,
incomum ou ao acaso,
eu a quero, e espero, sincero.











A FIGURA POÉTICA DO POETA

O poeta é um ser diferente,
quando o poeta, poeta,
não visa lucro,
não visa fama,
não procura nada,
pois a poesia já é a melhor
recompensa, que o poeta pode ter.

Na inspiração o poeta vai as nuvens,
atinge o ápice do prazer literal,
se é noite ou dia,
ao poeta não interessa,
faz da imagem a palavra,
e tudo é possível,
no escorregar da tinta na folha.

Ser poeta,
é uma coisa estranha,
de sentir, olhar, ser,
vive como se não fosse,
e é o que se fosse se vivesse,
sem a marginalidade das letras.

O poeta só é dono,
de sua própria inspiração,
o resto tudo muda de mãos,
de donos,
a poesia é eternamente do seu autor,
é cativa da dor ou amor,
presente no ato de poeta ser.















ARCO-IRIS

Minhas palavras tem cor,
tem amor e muito a compor,
comportamento varrido de doido,
meus versos tem dor.

E escuto meu próprio choro,
dentro de meus versos,
exalados nos poemas antigos,
nos primórdios dessa paixão,
quando ainda adolescente,
de uns 13 ou 14 anos de idade.

Depois de décadas de amor,
amo do mesmo jeito,
porque é amor, amor de paixão,
é dor,
uma dor de décadas.

De amor ninguém morre,
fosse assim teria já,
em jazigo ido habitar,
desde o dia em que minha amada,
perdi sem nunca ter.

Quando ...
a vi em outros braços, beijos,
me senti o último,
e o primeiro a morrer no instante,
e fiquei com a imagem de minha morte,
não muito distante,
ai que dor !!!















VIDA TE OPERÁRIO

O poeta inova a inovação atual,
com as amarras e tradições,
museulógicas limitadas,
na infinita ilimitadas
na infinita imitação cotidiana,
o poeta é um ser legal.

A poesia é mesmo intrigante,
pois que outro dom humano,
se é capaz de ter incontrolável
vontade de executar,
segundos antes do derradeiro.

O poeta tem seus defeitos,
desde então de quando foi feito,
e a poesia minha quero,
que todos entendam.

O poeta reage a poesia,
feito o peixe reage a água,
sua fonte de vida,
sua criada magia.




















O PREÇO DA POESIA

Minha vida riqueza é esta,
está aqui,
este é meu legado,
o que juntei a vida toda,
versos estes que les agora,
e outros levarão outrora.

Essa é minha fortuna,
meu tesouro escondido,
minha vida secreta,
revelada em cartas de amor,
poesias.

Esse é a herança que deixo,
a todo amor que senti,
amor e paixão existente,
sou poeta mor.

Meus poemas podem pra alguém,
nada valer,
mas pra mim vale uma vida,
foram meus versos que me seguram,
e me deixaram viver.

Quando poeta, parece,
anestio-me de sofrimento,
o tempo nem lembro,
só lembro de pela caneta e papel,
poetar.
















SINTOMAS DE POETA

O poeta se sente um pouco diferente,
isso pra não dizer totalmente
a inspiração é uma academia,
de idéias, pura poesia.

O poeta sou eu,
louco, varrido pela hipocrizia,
maldade discriminativa,
de uma vã filosofia social,
sem nem um toque,
leve toque de poesia,
pela imperfeição citada,
pelos homens criada,
pelos poetas tão bem diagnosticada.

Freneticamente a caneta corre,
borra e dilapida a historia,
corre feito cascata,
parâmetros, leis desacata,
em sintomas de um ser poeta,
de viver a escrever
essa consiste sua essência ,
sua gloria.

E na interface da melancolia,
mastiga sonhos, um ser demente,
e involuntariamente,
vomito poesia,
como o bolso cheio ou vazio,
sempre carente.














POEMAS DA MASMCORRA MAIS MORTO


Minha amada é,
um escândalo de tão bela,
de tão linda me parece uma quimera,
mesmo não sendo mais donzela,
querê-la é o que é,
o que este poeta mais quer.

Penduro sua imagem sem meus delírios,
loucamente sopro o Féu da insensatez,
força algo que me martiriza,
e feito faca ao coração me cicatriza.

Apunhá-la-me a paixão,
que me apetece sem preceitos,
e quando a noite em mim escurece,
é quando mais morro,
nessa masmorra de ilusões em vão.

Meus versos não sei,
porque me perseguem,
me consideram e,
já nem mais sei,
do que tanto eu sabia,
poesia.

A caneta escorrega,
na fina folha de papel celulose,
eu acho,
em que folha de ano se estraga,
uma vida ao amor dedicada,
o tempo ano apaga,
aberta chaga









DESINENCIAS DA EMOÇÕES REGENTE

O
O amor é falso,
pra sobreviver tem que ter,
pauta em puro percalço,
o amor é falsidade,
de ser o que é,
pra se ser amado,
na falsidade,
sem um pingo de verdade.

Paixão não é encantadora sem acaso,
é o puro acaso real,
quem realmente nos somos,
mostra o gosto de qual paixão,
casualmente uma paixão,
que nos vem, e arrebata,
e contra essa chibata,
somos escravos amarrados,
sem amigos ou namoradas,
somos cativos da paixão.

O amor nos reprime,
a paixão não,
o amor é cômodo,
a paixão é incômodo,
a paixão é um sim,
assinalando o vá em frente,
sem medo ao coração,
o amor é o puro medo,
de perder o que nunca
se possui de verdade.












INESCRITAMENTE PAIXÃO

Alegrias se vão,
tristezas também,
mas pra quem diz amém,
não se acaba jamais é meu amor de paixão,
e a poesia nunca fica aquém,
de quem a faz com emoção.

Vive a poetar,
versos me borram a face,
e das sombras fúnebres
da minha vida em solidão,
velhas tarde de um jovem moço,
apaixonado rapaz,
de se revelar incapaz,
a sua amada sem fim, amor fim.


Amor diferente,
disfarce vorar,
de entremeios ao parque,
sonhar o sonho mais incapaz,
e escrever o escrito,
inescritamente poeta.

Meu euse fez dia,
e meu dia em paixão,
se fez poesia.

A paixão é um balde de água fria,
num braseiro incandescente,
o amor sono profundo da ilusão.

Todos os dias, a lutar,
todas as forças, sonhos,
a paixão é o que há,
de mais humano,
no próprio ser humano.

A paixão é o mais humano,
instinto animal,
presente em um ser
racional.

Só tem sucesso no amor,
as mentiras,
porque o amor exige
uma banalidade da verdade,
e uma exaltação
sem nexo algum,
em viver sem liberdade
suprimindo a criatividade.
A paixão tem de coração,
é uma bomba, banhada nas veias,
e artérias,
a paixão não tira férias,
só o amor pode um tempo,
porque não existe realmente,
só a paixão verdadeira.
































QUEM NÃO AMA TEM MAIS CHANCE

Sei lá se o que escrevo,
é poesia, verso,prosa,
ou é nada,
um misturado de tudo,
com uma pitada forte,
de amor, paixão e tristeza.


Escrevo,
meu maior alivio pra alma,
me acalma,
no manejo da caneta
a tristeza me esquiva,
escrevo.,

Pra nem mais saber chorar,
queria tanto saber,
como se faz
pra nesta vida
ser feliz e amar.

Grandes amores no entanto,
parece nunca dar certo,
quando estou quase perto,
a perco para esperto.

Quem não ama tem mais chance,
de conquistar o amor,
de uma amada
que algum poeta ama de relance,
mas portanto amar
perde a chance.

O amor é filho de célebre,
tem razão e porque,
o amor é terreno,
é mundano,
a paixão é transcendental,
é pura emoção,
vem a alma,
a paixão é inquietação,
não sabe o que é calma.

O amor tem um porquê entendível,
a paixão é algo intangível,
está escondida nos escombros,
inconscientes dos poetas,
que nem sonham poetar,
mas vagueiam pela vida,
escrevendo com atitudes sabias,
a dignidade de uma vida
com paixão.

A paixão difunde no ser,
mais que se possa o amor querer,
a revolução da paixão,
sobrepõe ao amor
a paixão é fixa e direta
o amor é medo de sofrer
que a desilusão da paixão
despotencializada possa casar,
a paixão foi feita para se amar,
e o amor pra se coexistir na paixão.



























O PERFUME DE SUOR


Sempre gostei de perfumes,
em paradoxo,
em minha infância só tive oportunidade
de desodorantes baratos usar,
quando comprei meu primeiro
e bom perfume,
já era maior idade.

Ai, como foi bom sentir o cheiro,
do perfume de qualidade,
era ainda jovem apesar de maior de idade,
sentia também vaidade.

Com meu próprio percuso,
conseguido pelo suor de meu corpo,
trabalhei duro, no sol e na chuva,
serviço pesado,
e o meu perfume comprei.

Portinari,
foi este o nome,
de meu primeiro perfume,
ainda guardo o frasco,
e ainda choro ao lembrar,
de quando a primeira vez,
o usei e senti0me melhor.

Como, eu queria, também
quando sentia que meus amigos
exalavam cheiros de perfumes,
exalar também eu cheiro perfumado.











CICLO VICIOSO DE CARNE

O corpo tem seu peso,
a alma sucumbe-se a carne,
e esta, suores de reflexos,
desativam em puros vícios,
no ciclo vicioso das venturas.

Carne é fraca?
na verdade a carne é forte,
pois tem força pra vencer,
e se impor quando quer,
muitas vezes a mós meros mortais,
a carne é fraca,

Se essa carne fosse fraca,
não haveriam desventuras,
pois na ventura da pureza,
a carne é que tem gozo,
e impunha-la feito faca na água,
atravessa de desejos,
e a carne faz mais uma vitima,
desvirginando o ser humano
]de desprazer e êxtase,
e em gemidos a carne vence,
a carne é forte.

A carne não tem forças,
pra vencer sua inimiga invencível,
essa, criatura viva nenhuma,
tem como fugir a tempo sua sorte,
a morte.













VÉSPERA DE NATAL


Hoje estou inspirado,
em meu quarto sozinho e trancado,
estou despistando de tudo,
fingindo ao mundo dormir,
mais sou eu quem mais estou sóbrio.

Hoje , véspera de Natal,
data tão especial,
mas pra quem não tem,
mas pra nada legal.

Quem não tem,
namorada, amigos solteiros,
parentes amáveis,
o Natal é só mais
uma data ireal.

E como é difícil,
ver todos felizes,
e não sentir-se feliz.

Não é por maldade,
mas a felicidade alheia,
me deixa alheio,
digo a verdade.

Tiro forças e levanto da cama,
vou para a escrivaninha,
e ponho-me a escrever,
poetar, indagar, chorar, dolorida chaga,
sei lá!
Acender da poesia a chama,
feito o cigarro acendido e logo se apaga!








UM BRASIL É POESIA

As poesias são assim,
primeiro a gente é,
depois ela é só nossa,
e por fim é de todos,
e assim,
em versos, poemas amargos,
a vida de poeta, passa.

Mescladas de um pouco de tudo,
poesias são assim,
como o Brasil,
miscigenação,
de festas a velórios,
certos velórios mais são festas,
e certas festas mais parecem,
velórios, tudo
mesclado em sombras mórbidas,
que a escuridão alua,
da cor descorada,
temperada com chuchu e
melancolia,
isso é um Brasil
é poesia.






















DESAPARECIDO

Que vantagem há,
em poeta ser,
pois desapercebido,
enquanto vivo,
e exaltado depois de morrido.

O poeta sofre,
de um dos piores males,
o poeta é solidário ,
mesmo em meio a multidões.

Poetando,
me ponho a singela brandura,
de ser ao mesmo tempo,
um bravo e um conformista,
mas o que importa,
a esta altura.

Fui picando pela mosca dos versos,
e não consigo achar a cura,
pra parar de poetar,
e viver a vida de verdade,
sem vacilar.

Mas só o que posso fazer,
por agora,
é tão somente poetar,
pra dessa vida,
um pouco menos sofrer.













SAN VALENTIN

Só agora,
nessa altura de tempo ( 2009),
ao ler, estudar,
estudando idiomas,
conheci a historia de San Valentin,
a qual se inspirou
o dia dos namorados.
Vale a pena conhecer
é uma historia trágica de amor,
como todas são,
quando o amor é de paixão.

E me dou conta de tantas,
coisas em comum,
em historias de amor,
em poesias, em poetas,
nas vidas,
por mais que não aceitamos,
e esse oceano de versos
em livros
e amores eternos em covas,
jazidas de puro amar,
me desculpa,
mas eu tenho que falar,
escrever, não dá,
não posso mais segurar,
um dia a represa estava,
e é a colheita da lavoura.















CATIVANDO

Cultivo o que não tenho,
sou cativado pelo que tanto desejo,
e me sou cativo desse querer
querer demais que nunca se teve,
e ainda assim cada vez assim querer.

De tanto cultiva essa esperança,
de ter impossível realidade,
me perdi e me reecontrei,
cativado pela fé.

Minha vida não é exata,
é mais humana que imagino,
sou muito mais emoção que razão,
mesmo tentando sou coração.

Quando poeta não nessas palavras,
digo o que penso,
extravio de mim o mais essencial amor,
que nem imaginava existir.

Quando poeta não canso,
escrevo até exaurir,
toda inspiração.

Interessante é que apesar de todo fracasso,
amo,
amo muito e de paixão,
e ela sabe disso e me é indiferente.














ABRIR CAMINHOS

O segredo de poeta é assim,
um não ou um sim.
Faz da vida um belo carinho,
ao invés de seguir rastros,
cria caminhos.

A poesia desbrava,
acalma até os mais loucos,
sendo que ela mesma,
é a ramificação da própria loucura,
mas a poesia em tese,
também é o bem e a cura,
sendo dor, amor,
paixão em corpo-coraçao.

Ao invés de revés,
de seguir e imitável,
criar, inventar o inimitável,
sonho de minha ultima quimera,
ser Furor geram me dera,
sou apenas poeta,
e isso me basta.

E esses caminhos,
que estradas são estas,
propaladas em tapetes secos,
de poeiras em grãos sonhos,
escrevendo versos em off-road,
e estacionando no infinito,
desejo de abrir caminhos.














OPERARIO

E tem também o “ eu operário”,
todo dia em busca de salário,
amigos, colegas, também operários,
em busca das coisas simples,
operário.

Ao esquentar seus pratos,
os operários também,
sonham com suas amadas,
e soluçam aos prantos,
por não terem ninguém.

Ouvindo baladas bregas,
o intelectual operário,
sofre enquanto chove,
em seu mundo interno,
poesias, versos e
dos colegas intrigas.

Operários são formigas,
cada um no seu destino
de só viver para o trabalho,
até parece castigo,
trabalham e quase nunca
tem as realizações
como suas Francas Amigas.

Operários, um poeta do pão de cada dia,
um ser, viver, trabalhar,
um fazedor da vida em poesia,
nessa vida, um eterno poetar.











PRIMEIRA VISITA AO MAR

Cidade grande, no Brasil
a beira mar, enorme medo,
em meio ao desembarque, desespero,
no medo que se veio,
uma alma amiga
a barata Ribeiro nos conduzira.

Copacabana,
mais formosa que já vi, ouvira,
e La estava beleza inigualável,
nu piscar de olhos chegara.

Tudo novo,
nos olhos de um compositor,
desfrutando do que há de infundável,
confinidade da terra mar,
olhando o ar puador.

Na ânsia de conhecer,
tudo num simples Flasch,
dias afora, pratas até o entardecer,
ouvindo ondas, fazendo splash.

Mergulhei, neste sonho real,
tudo podia ate mesmo a poesia,
mas que havia,
desta vez não era Fantasia,
estava no Rio,
Rio de Janeiro em Fevereiro,
causando
e ais invejosos, desespero.













FLOR POESIA

No palco da vida,
somos todos pessoas,
personagens são idéias,
pessoas são pessoas,
e eu poeta prefiro poesias,
a dor de tentar e nada,
de tudo que queria,
conseguir.

Entre o sonho e a realidade,
prefiro a poesia,
que ano é só Fantasia,
nem tampouco sinestesia,
é vida de verdade.

Poesia é a mais Fina Flor,
neste jardim da vida,
em moitas de esperança,
verde é a poesia do amor.

Mas a Flor-poesia,
qualquer cor ser poesia,
desde que os olhos de quem lee,
descrever a emoção que irradia.

Os pingos do sereno de ontem,
ainda estão brilhando nas folhas,
das moitas de meu jardim,
jardim da poesia,
moitas da esperança
e gotas de amor de paixão em mim.











COPACABANA


Copacabana,
sonho assistido,
tantas vezes pelas ondas da TV,
vivendo versos em sorte cigana,
explodindo pelos poros, ondas,
no bronze que se vê.

A paixão por Copacabana,
salta, pede pra sair,
com as areias do engordamento,
coexistor, colidir.

Numa fusão perfeita,
emoção doce e rarefeita,
Avenida Atlântica nada estreita,
vem a inspiração mais que perfeita.

De onde agora esta poesia,
versos nobres se deleita,
a quem quer que queira,
aproveita.






















DEPRIMENTE


Nesses tempos de Fim de ano,
nada mais deprimente,
que ouvir, assistir,
a Show de especial de Roberto Carlos,
isso não é poesia,
é uma forma de se embreagar de tristeza,
nessas, naquelas musicas deprês.

Chegando a sentir cheiro de vômitos,
esses Shows deprês,
fazem e são causadores,
de muitos suicídios,
de dia e de noite,
isso não é poesia,
é hipocrisia.

A cada fim de ano,
não sabemos se sobrevivemos,
a mais uma época convidativa,
a algo de especial,
fazer de mal.

Eu não me perco em especiais,
shows de fim de ano,
eu poeto sim,
minhas próprias poesias,
próprias tristezas portissas,
tristezas impostas por desprezíveis,
shows especiais de fins de ano,
eu não caio nessa armadilha não.














POESIA EM EXCENCIA


Quero construir a poesia mais perfeita,
feita a fazer como é,
a mais sincera deverás ser,
quero fazer agora,
antes que minha inspiração vá embora.

Uma poesia que exprima,
toda expressão de paixão,
em exalação do amor em solidão,
enfadonha, coisa edificante,
quero melhor verso de todos, dôo
os milhares que já escrevi.

Versos não feitos ao vento,
feitos ao tempo,
e ai centelho de fé,
que ressurge a cada piscar seu.

Ficando assim apavorado,
apaixonado,
encarnado nesse corpo tímido,
nessa carcaça de humano pecador,
operário como sempre e outrora,
um poeta depravado,
pelo amor de uma moça castigado,
abandonado.

Minhas poesias todas sentirão ciúmes,
da poesias mais bela,
mas essa já existe a muito,
a poesia mais perfeita é ela.










POEMA PARA OS LEIGOS

Sei que pensam os leigos,
o poeta é carente,
mas eu replico;
quem nesta vida
carente não é?

O poeta é apenas coerente,
assim defendo nossa classe,
é de medo ausente,
quando de papel e caneta,
se encontra pela frente.

E mais um poema se faz,
sei La se é poema,
sei La se é qualquer verso,
versificando entre tantas,
sucatas da vida.

O Bandeira tinha ( Manuel Bandeira),
e tem razão
porque o poeta é imortal,
mas quando poeta,
a poetar,
faz poesias como quem morre,
e não há por ele quem chore.

Quem anda na contra mão dos sonhos,
esse sim é o verdadeiro poeta,
não o cantor que interpreta,
o poeta não,
o poeta é sincero e pateta.













VÁCUO EM SOLIDÃO

Coisa mais gostosa é ver sua obra,
olhar e ver essa eternidade construída,
edificada em palavras,
riscadas no chão de celuloses,
e emoções em exorbitantes doses.

Quando poeto,
faço meu dialeto,
e quanto mais escrevo,
mais da poesia me torno escravo.

Mas não me atrevo,
a lutar pela liberdade,
pois sem a poesia,
só me sobra a saudade.

Vai galera! diz a musica,
de um outro poeta,
poeta é o revolucionário,
tem coragem de falar
e ou escrever, o que não tem de fazer.

E assim ao menos alivia
um pouco da tensão,
da vida em paixão,
escrevendo, divertindo-se em poesia.

A poesia não tem contra indicação,
a não ser, ser causadora a quem a faz,
de um grande vácuo em solidão.















FLUTUAÇÃO POETICA


Poetando,
poetar é muito mais que cantar,
é ao céu se levar,
sem do chão se retirar.

Poetando,
canto ao coração,
sussurro a alma dos que sentem
um amor total também.

Poetando,
sempre é por alguém,
motivo motivado de outrem,
virginal da versiculação em poemas,
sofreguição escandalosa,
a exalação dessa triunfante paixão.

Poetando,
preso nas amarras,
em trevos de quatro folhas tentando,
a sorte dos famosos,
que tudo tem e nada possuem.


Poetando,
canto calado, mudo aos ouvidos,
mas melódico ao coração,
extravagante poema,
ao qual me falo arredio,
e desse poema , esse amor,
essa paixão, me arrepio.











POESIAS POR ACASO


Talvez seje meio louco,
mas com certeza
sou totalmente poeta,
e não meio,
e só por isso j[a valeu a pena,
pelo menos um pouco.

Por que faço poemas,
não sei ao certo
amor, tristeza, solidão,
vazão, alegria, informação?
????
Sei lá,
se são tantos os motivos,
é porque não sei,
por nada, falo poemas,
falo porque sou poeta,
assim como quem tem asas voa, voa.

Eu voo nas asas de minha poesia,
contida de penas de versos,
e strofes de batentes,
poesias me levam as alturas,
e tenho medo de La de cima,
sob as nuvens cair,
e me esborrachar no chão medonho.

Poeto,
como agora tomando vinho,
tinto, suave, o que gosto,
poetar e beber,
um iludido prazer,
mas o que fazer.










VELORIO

Minha vida vai se acabando em poesias,
cada poesia que escrevo,
é uma a menor,
rumo a meu velório,
será que alguém ao menos em pensamento,
um verso a mim ira poetar.

E meu tempo se exaurindo,
e agora mesmo com medo,
me sinto sem medo,
pois fiz apenas o que meu coração mandou,
e coração manda.

Coração, digo agora aos leigos,
não é essa bomba de carne,
que carregamos no peito,
coração em poesia,
representa o intimo,
o conjunto de todos os sentimentos
que um pessoa possa ter.

Meu coração é pura poesia,
derrama gotas de versos,
a cada dia que olho,
nos olhos de minha paixão,
minha musa que ao sol irradia.

Poesia, coisa de paixonite,
só ela pode curar,
a musa dos versos cálidos,
amor em muitos anos amar,
e me estrepar.












ENTARDECER NA POESIA

A poesia nunca envelhece,
por meandros dos anos,
faz-se a união perfeita,
entre a leitura nova,
de novos olhos e
antigos escritos.

Poesias são escritos bonitos,
tinta rasgando as folhas,
cor sobrepondo ao amor,
sentimentos mais puros e perfeitos.

Busco na poesia a essência,
do dia de hoje e ontem,
outrem também,
pode-se entreter,
a minha poesia ler.

Poesia não envelhece,
nem se envaidece,
não tem idade,
nem vaidade,
só fica da poesia,
mais valho é o poeta,
que mergulha nessa Fantasia.



















EXPLICAÇÃO PERTINENTE


Sem desmerecer as outras formas de escrita,
a poesia a mente é a que mais exercita,
começa com uma simplicidade austera,
e termina na mais pura complexidade.

A poesia quem gosta,
entende com mais prazer, ao ler,
quem não gosta,
a poesia e os versos poéticos,
só entendem vivendo
e não jamais lendo.

A poesia exprime,
explica o inexplicável,
é emoção aflorada,
ressurgida do oculto mundo,
do querer bem e ser ninguém,
mesmo sendo alguém.

Ao iniciar a leitura de um poema,
só se tem a real idéia,
se ir prosseguir ate o final,
senão perde-se o propósito ideal.


A poesia é pertinente,
bate a porta e não ouve chamar,
só quer fazer calar,
aos ouvidos a vontade que os olhos tem
de também sussurrar,
a poesia é o sentimento encarnado,
do cativo mundo da ilusão de apaixonado.











ALUSÃO POETICA

Poesia, concreto no abstrato,
e abstrato do concreto,
modernismo do anti-quando,
e ultrapassando e modernismo contemporâneo.

Vai, vamos todos nos poetando,
papel, caneta e ilusão,
fazendo da realidade,
uma alusão do que é mesmo verdade.

Versos loucos,
tempos insanos,
num mundo imundo,
poemas puros, versificando enganos.

Sem medir distancias,
poesias em constâncias,
fazendo cuidados em esperanças.

























INOBJETIVIDADE


Penso ter caída em desuso,
sou poesia, sou verso livro,
minha bibliotecária famosa,
já nem me toca mais,
ninguém me le.

Não vascilo em dizer,
que já a muito nasci,
pelas ,mãos calejadas
de um coração jonial,
que escrevia com a alma,
por nada de pior ter a fazer.

Não tenho vontade definida,
quem me lê , tira sua própria conclusão,
as vezes sou contraditório,
mais a intenção é essa de se finda.

Me sinto um evento,
cálido em tempos sórdidos,
de exageros domados pelo vento.

Me altero na estante,
vendo passos aproximar,
de mim uma mão se ergue,
e como é bom sentir-se vivo,
mesmo que sem vida,
fazer de alguma vida,
dum ser concreto de alma abstrata,
um retrato da influencia,
sou eu livro.










ESCONDIDO


Sou tema livre,
dentro de uma hipotética,
rompedora algos de hipocrisia sertaneja,
onde só a mesmo a vontade
de aparecer
e nada de obra poética.

Plantei uma árvore de sonhos,
e vi crescer um escândalo,
por que “eles” não querem poetas,
e sonhos geram poemas,
me escondi pra ser poeta.

Me escondi a cada raio de sol,
e nos pingos de chuva,
me renasci,
das cinzas como a mitologia Fênix,
dos livros da biblioteca móvel.

Queria poder ter o poder de voar,
mas me foi concedido o de poetar,
na verdade acho que poetar,
é uma linda forma de se voar.

Ninguém sabe ainda,
que este que voz escreve,
é poeta,
talvez nem ele próprio,
só depois de mais de mil poemas
poetar.













INVISÍVEL


Não falo da poesia um vicio,
um suplico,
de cumplicidade entre alma e coração,
mas sem amarras
nas arestas desse comboio de cordas,
que se chama paixão.

Fonte inesgotável de idéias,
inspiração vagueia-me a memória,
e em versos vou contando
minha história.

Talvez fala um livro fino,
fácil de todos lerem,
quero ser visto,
quero ser lido,
já que em vida,
ninguém me viu de verdade,
apesar de me olhar,
eu passei desapercebido.

Ninguém ouvi meu grito,
quando perdi,
ninguém sentiu meu ser,
nem ouviu-me gemer aflito,
sem ter nem um comprimido,
para a dor alivio ter.

Mas hoje aliviado estou,
por essa poesia escrever,
em paginas escrever,
em páginas triste que a solidão,
me condenou a sofrer.











DEMENCIA DE POETA

Como a rodopiar em um carrossel,
vejo meus versos como estrelas,
girando em um verdadeiro devaneio,
de ter um carro no céu.

Para onde ir não sei,
faço o que posso,
e pondero demagozivamente,
em querer deleitar da existência,
pura demência.

Não escrevo por carência,
por essência escrevo por potencia
de ter coragem de não ter,
a coragem necessária para viver,
da poesia a ausência.

Brinco com as palavras,
ou na verdade,
são as palavras,
elas quem brincam comigo,
esse é meu castigo.

Quando poeta sinto-me um e relevante,
e sigo avante,
no sonho que é,
ser esse poeta carente,
mesmo que pouco coerente.














PLENA PENA

E como escapar desse dilema,
não arde em indicação,
delegações de leis que carregam,
e se o que quero é,
completar meu poema.

Vale a plena pena,
ainda a arte de viver,
em carreira de não se sênior,
nem tão pouco Junior,
estou no meio de caminho,
na metade de fim e de começo,
deste poema.


Faço traços com a caneta,
e a inspiração me vem,
me conduz e me diz,
o que devo escrever,
sem fazer careta,
apenas escrevo,
letra por letra.

Poeto sem culpa,
poetar não poetar não é uma culpa,
um distúrbio talvez,
como comer demais,
o que deve-se é saber,
a hora de parar,
como agora que já chegou,
de poema o fim de curso,
percusso.












REVIRAVOLTA

O mundo esta se transformando,
num único continente genérico,
difícil é ver um puro poema,
escrito por algum insano na arte,
de fazer pare de um todo disperso.

Será que a evolução acabou?
Ao que parece, não
apenas tomou o curso reverso,
não estamos mais procurando ser melhor,
o pior tomou conta,
e nem nos damos conta disso.

Mas relaxe,
a vida é uma eterna utopia,
o vapor que nos queima,
também nos aquece.

E a fundo nós todos,
entre poemas adormecemos,
no som da musica ecoada.
























PRIMEIROS VERSOS


Sigo por caminhos sórdidos,
permeados inadistringentes versos,
a floro a rubra rosa poesia,
paixão.

Quem diria em outros tempos,
ver um ser tão igual e tão total,
na flexibilidade inerte a flecha lançada,
na seringueira borracha.

Limpo de mim este borrão,
passo a régua no descaso,
e contrato esse desfecho,
como vivo em poetar.

Já estou pronto pra dormir,
entre a cama e o colchão,
meus segredos escondia,
naquele tempo nem sabia,
que eram os rascunhos,
de minha futura poesia.

Meus primeiros versos não os possuo mais,
já os enviei a dona deles,
a musa de tantos nomes:
Linda, Formosa, Bela. Maravilhosa,
Ótima, Excelente, Exuberante,
Esplendorosa, Gostosa ...















CONTEMPLAR


No contemplar,
das estrelas no escudo terrestre vejo,
que poemas são a solução,
para não ser strofes,
e sim união de vários versos.

Mas já bocejo,
no brejo de cachados lingüísticos,
em meio a ingestão de incertos,
triunfos diagramaticos.

No fim de tudo o começo,
de mais um poema que vejo,
vejo e revejo,
adoro ver,
tudo que existe,
principalmente o que é poético.

Retrato ta historiado nas páginas,
de um livro novo,
de um sonho velho,
de ser um jovem a muito mais tempo,
e ainda estou,
no contemplar.

De tanto gosto por presente ar,
eis aqui meu melhor presente,
na unipluralidade literária,
apresento esse poema,
um presente pra todos,
que quiserem ser presenteados de versos.











A POESIA E EU


Seduzido pelo brilho opaco dos poemas vivos,
também vivo sem alguns viveres,
dos outros fico alheio,
mas poeto pra não materializar em meus erros,
onde distúrbios se deformam e não sou eu,
o causador de tudo,
eu e a poesia somos parte de um todo.

Tanto em caminhos torturas,
quase sã filosófica poesia,
me estremece a alma,
quando entre em um antro desprazeres,
o pecado em não poesia.

Nós humanos somos sensíveis a tudo,
precisamos nos devolver
a nós mesmos.

Amor de homem por um moça,
é um sair de caos,
e se arrombar o que é,
preciso devolver em paixão.

Quanto mais mergulhados,
vemos que o amor tem razão em cativar,
tudo que começa por qualquer coisa,
também te deixa por qualquer coisa não!
Não quero um falso amo,
quero uma paixão rela e não irreal,
quero uma nossa legal.











LUZ


O poder da sinestesia parece,
mas não é poesia,
o orgulho não se converte,
é o fracasso que bate a porta.

Mentirosos não alcançam austeridade,
nunca sabem o que é poesia,
vivem na sua própria fantasia,
e a verdade as vezes dói mas
os mentirosos se auto condenam!

É preciso dizer não,
mesmo sentindo-se um anão,
para que ao futuro,
sejamos um furto maduro,
a luz do escuro.



























INFINITA POESIA
Ao poetar o que falo é amar,
a vida soterrada em sonhos,
quero inaugurar minha ascensão,
com este livro poético,
quero que o amor deixe-me encontrar
o melhor caminho
de reinaugurar uma vida a poetar.

A cada vez que olhamos a poesia,
sentimos um calafrio,
quero que essa poesia suja inaugurada,
infinitas vezes,
por todos que lerem,
sentirei aí então realizado,
ao levar o bem comum,
na complexidade dos devaneios
e na realização ascendente de uma
dentre todas as ilusões,
a fantasia.

Prefiro não usar palavras difíceis,
em meus versos,
porque quero ser um poeta,
e não um complicador,
quero o alívio e não a dor.

Ao contrario do que a massa pensa,
a poesia é muito mais forte,
que a bomba atômica,
a poesia constrói e gera o discernimento,
se contraponto ao mal da bomba sem recompensa.














PARADOXO DA ARTE

Em uma casinha pobre,
pode haver muito maior riqueza,
onde há poesia há destreza,
essa casinha tiver,
muito mais que a mansão despoetizada,
possa sorver.

Isso porque a poesia é uma jóia,
o diamante mesmo sujo,
sempre será diamante,
a poesia onde estiver será,
como no dilúvio uma bóia.

para poetar basta ser pro de coração,
dos poemas vem toda clareza,
os imundos não tem inspiração,
porque estão tão ocupados com coisas pequenas,
que não há espaço pra poesia.

Mas a poesia desafia,
o mal, e aos seus portadores,
a melancolia,
não queria ser por si só,
só se existiu por alguém.

A poesia não pisa em ninguém,
a poesia é um processo evolutivo,
mesmo que sem teor financeiro,
mas ao ser humano é um
sentimento lucrativo.















ENTRELINHAS

Hoje estou triste,
mas ao invés de chorar,
vou poetar.
Mais um dia de poesia,
construindo caminhos caprichosos,
de amar.

Tentei segurar,
mas foi mais forte,
o meu poetar.

Nas entrelinhas da vida,
as poesias em todas as suas faces,
dá seu grito de independência,
as margens dos rios de ilusões.



























AS FEIRAS

E são tantas as feiras,
segunda a vida de operário poeta,
mas para terça ou quarta,
não há pressa a não ser para pra casa.

Já é quinta-feira e amanhã é sexta,
no sábado um dia para o descanso,
domingo aproveitar,
é só poetar e já esperar,
a segunda chegar e tudo denovo começar.

Mas para certos operários,
não existem feriados,
trabalhar todo dia em busca de seus salários,
é que há de se fazer,
para ter o que comer.

Pra relaxar só mesmo os poemas,
versos que surgem do cansaço,
dia após dia,
neste livro de solidão e dilemas.

Surge e eis que surgem os poetas,
do meio dos oprimidos,
no meio das taperas,
no silencio dos que inocentes são,
e que brilham como cometas,
nas trovas que gerarão.
















INCERTEZAS-NET


A quantas andam as vontades,
de quem gosta e não sabe,
se um dia irá gostar
e ser gostado em verdades.

Vejo novelas, jornais, revistas,
toda essa parafernália social,
que tanto me causa no final,
apenas uma informação de me ser
baixo astral.

Até mesmo na internet,
de tantos contatos,
vem o medo,
medo de ser muito e nada saber,
perdendo a identidade a casa chat.

Não adianta,
vivo como se fosse gente,
mas não tão ignorante as vezes,
feito anta.

A vida, a morte tudo
nada mais o poeta espanta,
que de tanta dor,
já nem canta mais a Flor,
que ama de paixão,
sufocado pela cruel solidão.
















MINHA BENGALA

Ouço o tinir,
dos pingos da chuva,
cair nas telhas, calhas e se formar,
as enxurradas,
lavando as ruas e estradas,
feroz se ficando destruído em buracos,
e eu aqui em meu quarto a poetar.


Poeto,
em meu eu mais que discreto,
versos serenos,
em poemas as vezes concretos,
outros abstratos.

Estou abrigado, porém em alma,
estou carente não nego,
a solidão me desacalma,
e aos versos me apego,
feito a sua bengala o cego.






















ANTOLOGIA EM POESIA



Sou desgarrado,
mas tão livre que me entristeço,
que liberdade é essa que sufoca,
de tanta ser livre a vida se perde,
e pra não nos perdermos
devemos procurar nos prender-mos.

è uma antologia essa liberdade,
nem tanto ao céu, nem tanto a terra,
o meio termo é que desejamos,
o equilíbrio é a fonte da vida,
da felicidade.






























REGANDO A INSPIRAÇÃO


Olho a calendário,
em silencio me conservo, é dezembro
como que da solidão um triste servo,
mas que queria mesmo, eu me lembro
era essa solidão guardar no armário.

A chuva este ano atrasou,
sonhos dos plantadores estragou,
mas pra poesia não há,
tempo ou pressão à contrariar.

Os versos não tem sede,
os poemas são regados,
pelos olhos de quem os vê,
por isso nunca ,e canso de escrever,
aos tristes, aos desejos apaixonados.

A poesia é sedutora,
não há na vida quem se arrisque,
ao mensurável mundo da fuga,
fugir de sua própria fantasia,
Poesia.

De manhã, de tarde e de noite,
não há troca hora pra poetar,
assim como pra poetar,
assim como para amar,
das mamas, tetas gordas, macias da poesia,
os versos espirram seus leites,
para os que gostam o deleite.













GRITO MUDO


A poesia me faz ausente da vida,
de no sonho presente,
com força covalente,
a bipolaridade permanente.

Extavio-me do perpicaz, destino
voraz tinir dos tombos,
que lá na infância,
me deixaram cicatrizes.

E hoje no futuro de ontem,
procuro consertar o passado,
o passado do amanhã,
mas caio nas garras,
implacáveis de outrem.

A emoção me vem tão forte,
que meu grito não tem som,
faz discipar-se na melancolia,
dessa eterno escrever poesia,
que mais parece um acoite,
de uma ilusão de uma musica o tom.

Cascatas de inspirações me vem a todo momento,
assim como do corpo vivo o excremento,
não tem hora marcada,
vem e aflora em pancada,
fazendo rir e chorar,
num incessante poetar,
defecando versos, pedaço por pedaço,
um toró de poemas, expilo.












COLECIONADOR

Nessa mania de juntar,
me perdi EME achei,
juntando palavras formei versos,
dos versos juntos a poesia,
e da poesia este livro,
onde me realizei.

Coleciono canetas, é um dilema,
sofreguidão exalada,
vejo e a quero,
mais uma pra mim arrebanhada.

Tantas coisas nos passam,
e vem a triste impressão,
de que o sentido,
no meio da jornada é perdido.

Procuro encontrar a Felicidade no Final,
pobre de mim por nem imaginar,
a Felicidade está no procurar,
no caminho de Fim e não no Fim.

Mas o poeta é assim mesmo,
ama o infinito,
abraça o sonho com tudo,
e seus versos faz por amor,
que adentra ao coração,
muitas vezes enrijecido,
pelas dores cotidianas,
de tantas batalhas perdidas.














VIDA DESATIVADA



Varrei de mim esta tocaia,
aflita silaba de meio,
meandros de som triste de acalento,
a poesia, varrei de mim este medo.

Maledicente acaso Flor de vil descaso,
Faz o sono se acordar em comboios,
descanse este repouso em recôncavo,
aflorando amor-paixao e não permita,
que solidão demais aflita.


Desentôo versos em prêmios poéticos,
e abro sonhos iludidos,
num prelúdio de jejum,
gritando feito um botão de rosa,
que ao desabrochar,
não dura mais que uma semana,
e também não tem voz pra gritar,
feito este meu poetar.

Aterso-me a poetar,
desejos doidos de amar,
elucidando sonoros ventos ao corpo,
emanado de inspiração poética,
e expiração de ar.

Como iniciar o final,
se no final já não esta o nada,
de uma vida poetar,
desativada. http://www.diariodearaxa.com.br/index.php?go=noticia&ed=24&id=2503












DESERTO ESCALDANTE

Tentei fugir,
fugir que tudo era comum,
doce ilusão amarga,
como um cão raivoso,
sofrendo poesias em desejum.

Detonado pelo desprezo,
poeto agora agonizando,
num quarto sujo de solidão,
amarrado pela boca e os versos,
mergulham-me na mais alta depressão,
e como um pesadelo que não termina,
minha existência vai contendo,
e vou me agora, dormir,
pra não sonhar comi minha vida,
e ainda querer viver.

Como no deserto sem Farnel,
escrevo esses versos,
escrevendo minhas veias ilusivas,
de um ser algoz,
um oprimido ser alguém.

Meus farrapos vou juntando aqui e ali,
como procurar na hemeroteca,
a edição que foi queimada,
ou lida embolada,
na lixeira suja jogada.















MULTIVAGO


Radio ligado, TV gritando,
visinho festejando,
dentro de casa, a melancolia,
e minha poesia
no meu eu, chorando.

Multivago sem pestanejar,
este no mundo vaga,
sem ninguém observar,
passa a limpo, passa o tempo,
e pra ele ninguém tem tempo.

De par em par, conto as coisas,
mas ninguém me conta,
passo invisível,
em versos me reduzo,
e só poemas sou agora.

E nessa tecedura da vida,
a poesia,
mistura tudo em um copo,
vinho, água e eu,
pra no final gerar esse verso,
de um avesso de tudo,
e de nada.

Composição Lírica ligeira,
minhas trovas de amor,
voam com a poeira,
que levam a ela amada,
das noites frias o calor.












FECHA OS OLHOS PRA VER



Me identifico a poesia,
fale pouco e digo muito,
valho mais pelo conteúdo,
que qualquer outro assunto.

Masco idéias sobre o papel,
desejoso de extrair-me,
mais um verso pro poema,
ai que dor sinto agora,
e nem sei onde me reencostar,
pois na cama a dor aumenta,
fechando os olhos vejo tudo,
e tudo que não gostaria,
só me resta a única opção,
mais uma noite acordado,
escrevendo poesia.

E das dores uma me dói mais,
a dor que vem de dentro e não sai,
embatumada me arrasa,
condenando-me a dizer ai,
em voz baixa , pra que ninguém
me ouça chorar.

Entro na madrugada de novo,
de velho,
madrugada velha comparsa,
me ajudou muitas vezes,
a esses versos compor,
ai que dor.














VERSOS DISABORES



De tantos versos disabores,
na alegria também quero poetar,
meus ápices consagrar,
em paginas escritas ao som,
e a melodia em tom,
claro e alto agradecer,
mais um amanhecer,
mais um amanhecer.

Nem tudo é tristeza,
quando se lida com a certeza,
costumas de ver esquina,
algo que muda sua fronte,
ver a calma poesia,
passeando feito pluma,
quando a brisa toca,
passageira a gente sabe,
mas e daí,
é isso mesmo o existir.

Feliz em viver,
um dom divino de escrever,
poemas mais que comer,
sacia a alma,
e de paixão o coração,
detém a força a força que acalma.













AMOR DISTANTE

A inspiração me veio a noite,
não exitei em escrever,
foi-se embora, poesia,
ficou me a dor ardida,
da expressão perdida.

Calo-me perante a chuva
berrante,
zombando de mim, parece
exitante,
o florescer de mais uma uva,
que no quintal,
a parreira o fruto sente,
amor distante.

Se de amor vivesse agora,
não teria eu um viver outrora,
já enfim o fim seria,
se não fosse a poesia.

Misturo-me as palavras,
e resumo-me em emoção,
e delas a mais forte,
que me toca rio a diante,
paixão,
por quanto em mim presente,
diamante solidão,
rasgando em fios de sonhos,
de um poeta queimando,
vulcanizadas.














A MANDANTE SOLIDÃO


Em meu quarto, cheiro,
na cozinha o almoço cheiro,
baladas com aroma perdigueiro,
e na manhã seguinte,
na rua alheio.

Boto o pé no chão, espalhando poeira,
não escondo minha olheira,
pertinente ao poema,
versos ides ao oprimidos,
no meio dessa vontade bandalheira.

Taciturna noite esconde,
os por entre escombros a louca,
mandante de tantos versos,
solidão.

Me vem um som,
e não um sono,
em faces estragadas,
cicatrizam a poesia,
em pobres corações sem dono.

Poesias aqui,
apertam como caqui,
versos verdes,
furtos de amor ausentes,
na reação perante ti.















VOMITOS DESEUJOSOS

Pensamento de um modo,
fazer alguma coisa,
alguma maneiram diferente ser,
vontade,
na realidade de verdade,
realidade,
apenas a vontade, de tudo,
a dualidade de tentar,
e ser e querer,
na racionalidade um pouco mais,
e contrastantemente,
tudo como era antes,
engavetava outrora na mente,
demente.

E o coração da vontade sente,
desejo pertinente,
perene flor de Aeso
da veracidade,
irracional dos fatos,
modo esquisito de ser,
um modo cotidiano,
humano.

E de tudo a dor alcança,
os mais profundos confins,
da liberdade terra herança,
feito água filtrada nos rins,
o que não presta calcifica e fortalece a esperança,
de quem ama até o fim.














VIDA SEM GLORIA

Dos porões, podres da inveja,
brotam laços maquiavélicos,
choram, gritam, imploram,
aos loucos poetas de outrora,
melancólicos borrões de espora,
dos que não tiveram escola,
e tanto sabem, no ato,
da atitude de viver,
sem a nada preferir morrer,
a pedir aos infames; esmola.

Frente a fronte da miséria,
não de fome,
ignorância vã que consome,
uma vida sem gloria,
uma historia sem nome,
poesia retoria.

Poesia retoria,
conta a mesmice paródica,
de linear acaso descaso,
de tudo por nada,
o céu descendo a escada,
pra versos sem pernas,
subir ao fundo,
da incerteza que é,
o contraditório,
dentro de um picanalitico,
com insultorio,
instrumento de enrricar vagabundo.













O Patrocinio de minha inspiração,
é a dor latente em mim reação,
mais triste e plena solidão,
que em mim sofrer, querer
fundidas em um só ser,
o ser eutanásico da ilusão,
doce, amarga, paixão,
frenética hipótese de um dia,
o verso em tese ter seu perdão,
ao menos em poesia.

Orientado pelos versos,
minha bússula dos sonhos,
mais ambíguos e desatinos,
bem querer em mais que tudo,
sentir na ponta da caneta,
mais que tinta,
da musa poesia a coisa,
distinta,
como se ouve um gênio a opereta.

Sublime súplica de amor,
que dor,
desatinado cerro, fujo de mim,
e da vida quero apenas a que de melhor,
a poesia, sem rancor.

Coisas voam, pássaros, aviões, foguetes,
toda essa parafernália,
mas nada voa tanto e com tal intensidade,
quanto o desejo de felicidade,
dos que sofrem na miséria.














QUEM?


Mas quem não é,
neste mundo vivendo, sofrendo,
ainda um ser tímido aos carismas,
carrascos em cerveja e pinga,
como em puros árabes a galopar,
nas baladas de uma vida sem nexo,
inexorável paixão,
quem não é?

Louco, louco!
gritam aos montes as puritanas,
mas ninguém por impacto vão,
é capaz de imaginar,
o que se pode passar
em uma mente a água e pão.

A poesia entra ai,
alimentando mente,
sem era nem bêra,
quão arenoza é a fronta pêra,
desmaia em versos,
a sombra fresca,
em atitude exorbitante,
de uma musa cativante.

Mas quem não é, ou é,
o que pode ser ou se foi já,
do paradoxo austero,
fundido na aura pura perene,
de louco, um poeta um pouco.












INTANGIVEL DISCERNIMENTO

Sucumbido pelas alegorias grotesca,
de uma perdida regra em contexto,
a ignorância em inspiração faz cócegas,
cativante em suja roupa alvejada,
de dissabores da musa amada.

Dor de ver o que não se vê,
somente ao coração faz exceção,
de um cego que enverga mais,
muito além da indescencia,
suplantada nos dias atuais.

Vergonha, panela suja e engordurado,
ao ver quando,
ao vento se perde uma namorada,
só se cura ao arejar, lavar, esfregar,
essa panela de sonhos,
pra se fazer nova comida,
sem resquícios da antiga sujeira,
outrora impregnada.

Assim corre o tempo,
escorrendo e escapando minutos,
entre os dedos, dos sujeitos,
adjetivando vidas mal vividas,
mais sonhadas e idealizadas,
que ao menos um dia,
perde-se a elevar e
realizar, a felicidade em poesia.















MINHA HISTORIA ESCONDIDA


Quanta dura, nunca,
jamais ninguém ver,
do criador esconde-se,
ao criar sente imortal,
porém ao desencoragem ter,
ninguém vê,
este mistério enfim.

Por quê esconder assim,
a beleza em inspiração,
seja uma Flor,
em botão a florescer,
seja uma emoção,
em poesia exaltação,
nascer enfim.

Quem voa mais alto é o poeta,
faz de si a poesia,
pura obra, em objeto de falar,
em sentir ao amor como ninguém,
e escrever pela escolha,
de sofrer, mesmo,
seguindo o caminho tortuoso,
da esquerda ou da direita,
crifando versos em colheita.
















EXCLUSO


Eu vou me por mesmo é a poetar,
já em vida parece decolar,
desprendendo a cada ano fica mais,
excluso das coisas, pesadelos em sonhos,
sonhos longe de realizar,
talvez nunca, e o pior,
esse nunca ao talvez se sobrepondo,
em meio a tanta desgraça,
ao mundo me escondo,
entre os dedos derramo meus segredos,
quase em versos da mente afora,
que em versos da mente aflora.

Quem esses versos olha,
nem imagina o quão triste chora,
este autor de versos que folha de tinta molha,
nesta folha em mãos trêmulas de emoção,
no papel firme e maleável,
que neste mundo que por amor,
o condenara,
a existir e não verdadeiramente viver,
sofrer em existir,
chorar quando todos sorrir,
e ter que sorrir,
para frente a sociedade
não se inibir.

















REVEILLON

Versos escritos no Reveillon,
virada de ano,
mais um entre tantos, todos até aqui
como sempre na mesma companhia,
a solidão,
só Deus sabe o quanto já sofri,

Visinhos, colegas, parentes e até desconhecidos,
todos parecem estar bem, felizes,
e o poeta que aqui está,
fingindo que está tudo bem,
e por dentro, seu coração sangrando,
algum acalento, sem nada,
e justamente este,
que desde pequeno,
na felicidade sempre acreditou,
sonhou,
apenas sonhou,
na realidade a solidão,
o sofrimento , o abandono, descaso,
esquecimento, o desprezo,
foi só i que sobrou.

Hoje estou aqui,
com coração na mão,
na ponta da caneta,
pedaços de um ser,
que um dia sonhou,
amou, desejou,
mas que até aqui,
nada realizou.













FOME DE SENTIMENTO

Falta água,
fome ainda se despista,
mas sem nada pra se beber
a irracionalidade sem querer ou perceber,
viver a emoção nesta disputa.

E aos que fome passam nesta,
sinto em poemas e passo,
a dor deles manifesta,
pois o poeta nada mais se presta,
a um esfomeado do verso.

E assim levando a vida em versos,
passo os dias e choro noites,
derramando lágrimas de versos,
em papéis, cadernos, livres aos montes.

No coração uma premícia,
um sonho maior que o mundo,
mas que fazer vã poesia,
se nesse sonho me enterro defunto,
e arrasto em dias moribundo,
aos olhos leigos de fantasia,
um hélis vagabundo.

Não, não,
não quero chorar agora,
mas que faço se a tristeza,
de mim não quer ir embora,
enquanto a inspiração em certeza,
mais verso me implora.












FANDANGOS

Vontade de festa,
a mim só resta,
desprender desta arresta,
entre a vida vivida e escrita,
ao amor que se presta,
nesta existencia modesta,
em versos minha festa,
paixão igual esta,
só a poesia é careta,
frente a maneira de viver que me resta.

Fandangos mal cheirosos,
suplentes, suprimem a dor nunca ausente,
num corpo, sonho,
coração da gente,
adorentos de aromas gostosos,
quando alimento supérfluo infantil,
hoje trago versos de arma,
em guerra no cantil.

Esbraveja-me as planícies verdejantes,
vá em frente,
luta pela vida no batente,
me condenando,
a virar gente,
mesmo que pra isso
a mim mesmo me torne incoerente.
















OLHANDO O MAR


Lanço esse poema,
como se lança uma pedra ao mar,
no infinito oceano de hipóteses,
vivo um dilema,
se alguém ira ler e
ao ler, calar ou falar,
será influenciar,
ou apenas irá,
como a pedra ao mar,
ir ao fundo sem nada destinar,
apenas mais um pedaço,
de poluição atirado,
varrido por ondas mar a dentro,
ou expulso nas rochas, espedaçado,
desintegrado feito um desejo
mal traçado.


























ARREPENDIMENTO

Após o erro,
o errado feito se folga,
e a mente meticulosa vem apalpar depreca,
é sempre assim, depois do ato,
do pecado fechado,
erro encerrado,
vem o sofrer gerado em o arrepender,
de não mais fazer,
vem embora mais uma promessa,
pena que amanhã,
ao sol nascer, ficou tudo no prometer,
e tudo de novo nada se cumprir.

Mas o que fazer,
se o desejo é incontrolável,
o erro parece ser uma tendência,
linearmente aos anseios de contentamento.

Preciso esforço,
mas não adianta muito,
se o erro vem na fruta como caroço,
quando vê já engoliu ou mordeu,
e ai já erra, era,
já erra.

O erro é um tiro no escuro,
mas que escuro gostoso,
tentação insana de pecar,
é difícil demais,
para meros mortais,
não errar.













ERRROS

Sabemos que o fogo queima,
mas a teimosia nos inventa,
formas ideais de burlar,
e de novo pecar,
e a gente teima.

Lá na frente, muito lá,
vemos o erro cá,
pena, mas que pena,
voltar já não dá,
que dilema.

O erro é bicho solto
sem coleira em cólera,
e raiva disfarçando de bem,
no mal que não se detêm,
e o erro domina toda esfera,
e o homem desde garoto.

Não tem pêra onde fugir,
pois está dentro de si,
acompanha como o remorso,
a vontade de agir.

Vida em trechos sinuosos,
baderna ecoando sistemas,
de até anseios sistemáticos,
criativas de bem
se tornam feiras, homens perigosos,
errantes em seus temas.














ERRO FORTE


Após o erro a inspiração bate a porta,
pobre poeta,
esta noite não dorme
nem de costas,
é a poesia lhe ensinando em codinome,
que não se brinca com o erro.

É implacável o fato,
de nunca esquecer o erro,
o erro é tão forte,
que o bem a gente esquece,
e nem ao menos carece,
mas o erro nem se quisermos,
conseguimos esse cagoete,
da mente tirar por sorte.

E os que olham os errantes,
dos prezam,
mal sabem eles,
que o desprezo irá os impregnar,
mais tarde,
quando outros outonos,
primaveras, verões ou invernos,
e esses mesmo que não queimamos,
são nosso laços fraternos,
eternos e constantes.
















DIAS LEVADOS PELA POESIA



De tanta asneira,
a escrever poesias de qualquer maneira,
versos voam feito poeira,
e cativam-se a alma sobremaneira,
mesmo que por qualquer besteira,
versos todos os dias,
com ou sem feira,
sonhos em poesias.

Esqueço tudo,
tão logo transpasso,
aos papeis meus poemas,
nem sei, onde vai,
ou vem, a força no espaço,
inspirado.

Comum qualquer,
nasce mais um,
em milhões de milhares,
que faço,
nada de muito incomum,
pra quem como poeta ao avesso,
cativa olhares.

Cores,
o que fazemos quando estamos,
como estamos,
presenteados pela paixão,
versificados o arco-íris,
e inventamos mais ainda,
pra pintar nossos dias,
clarificados em poesias.









DOM DE COMPLICAR


Simplificando uma existencia em sonhos,
descobre a arte nata em mim,
presa em cola de ar, invisível amor,
nasci pra poetar.

Mas esse dom de complicar,
brincando com as palavras é incomum,
devaneios toda hora me contraem,
e nem sei mais o que fazer,
só poetar.

Se minha amada, adora,
de mim não gostar,
vou poetar,
sem cessar vou até extravasar,
em um copo de vinho tinto,
e a dor de perder a namorada,
nada me embriaga mais,
e não há maior amargor,
que ver o perder e olhar.

Elas não se todas,
mas com elas me deixam o melhor,
extravio de uma casa desabitada,
abandonada no náufrago da dor,
completado pelo desespero,
de viver uma paixão sem tempero,
e eu apenas no poetar, espero.















CONSIDERAÇÕES ORIGINAIS

Considere que meus versos
são apenas considerações,
na concisão de tomada de decisão,
revelação de minha mais intima emoção.

Carrego em artefatos ilusórios,
pastagens verdejantes divisórias,
de uma vida rachada em historias,
e em leis de amor com cardápios
compulsórios.

Não me prendo a rimas,
acho pouco peculiar,
de uma originalidade espontânea,
a inspiração,
caber em quartetos ou quintetos,
pra justificar que se está,
verdadeiramente sonetando.

Com nosso esforços sim,
dizemos não para o sim,
abortando as contraversões,
e criando algo novo,
e a regra nova é não ter,
mais o que providenciar em um não,
de escala nômade estrutural,
poetar isso sim é o bom para mim.
















MALUCOS CENSATOS


É sentir-se estar sedento a morrer,
em meio a um oceano de água doce,
mas que na verdade é mais salgada,
que o triste fim de um encontro a precisar,
águas profundas explorar
e somente restos encontrar,
do que um dia água doce fora,
hoje em salinas sonhos poetar.

E neste comboio de cordas,
a naufragar todos os dias,
e desacordar de sonhos,
realizando poesias.

E entre os toldos de chuva,
moderados dias em versos vivo,
uma vida em tardes aflorada,
querendo existir antes que tudo,
se que como a passa uva.

Tantos problemas que suportamos,
nossa mente segue em frente,
sem alegria ou certeza presente,
dias, noites, tardes, e poesias
seus dizeres já nem contam os.

A vida, vida cretina de delírios,
malucos, sensatos, de dia para a noite,
um dia pendem tudo,
e só lhes restam dos guardados,
os disabores.











CONJUGADO O VERBO SER

Pra continuar, sem parar,
o que é preciso são projetos,
mais que jeitos concretos,
mais que o mundo nas costas suportar.

Viver sem parar,
um futuro de um presente,
conjugado o verbo ser,
na certeza de nosso hoje em dia,
prover de ter,
sem mesmo querer ou poder,
ter.

O ter é o que regue,
num reinado de possessão,
onde que é não importa,
se a fome haste a porta,
o que tens tu pra refeição.

Ideias loucas vem toda hora,
e nada posso,
contra minha própria mente,
meu coração recebe ordens,
mesmo não querendo ainda,
cumpre as regras desse nosso
próprio diretos ditador,
nosso cérebro.
















CONJUGANDO O VERBO SER
Pra continuar, sem parar,
o que é preciso são projetos,
mais que gestos concretos,
mais que o mundo nas costas suportar.

Viver sem parar,
um futuro de um presente,
conjugado o verbo ser,
na certeza de nosso hoje em dia,
prover de ter,
sem mesmo querer ou poder,
ter.

O ter é o que regue,
num reinado de possessão,
onde que é não importa,
se a fome haste a porta,
o que tens tu pra refeição.

Ideias loucas vem toda hora,
e nada posso,
contra minha própria mente,
meu coração recebe ordens,
mesmo não querendo ainda,
cumpre as regras desse nosso,
próprio diretor ditados,
nosso cérebro.

















MEU ARSENAL

Preocupo com tudo,
todas as coisas,
dizem não adiantar,
e só que faço,
minha arma neste mundo,
é poetar.

Quisera eu que essa arma
força tivesse maior,
nem sei se é alma,
ou apenas um alivio,
um antídoto a esse surto,
de tristeza contemporânea,
que assola e invade.

Já não se pode falar,
contestar,
a autoritarismo existe invisível,
nem se nota,
por tão enorme a mediocridade vigente,
quem se arrisca é queimado,
as regras seguir,
pois as regras hoje em dia,
não apenas em poesia,
é não seguir regras.

EM paradoxo usa-se muito hoje tendências,
vivemos em função delas,
se estoura,
noutro dia ou moda,
e assim vão sendo suplantadas historias.












ALIENAÇÃO CONTEPORANEA

Em cartuchos de espinhos florescentes,
evacuando sinto nas fileiras nascente,
gritos oprimidos dispersos,
medo, pânico e pavor, presentes.

Este é nosso mundo,
um mundo avesso em maioria,
a arte e a cultura,
um mundo que cultua,
o hipocrismo de ser o que ter,
e já ninguém mais le poesia.

Faniquitos, chiliquis,
coisas mesmas, de um nada ser,
e mesmo assim de qualquer jeito,
querer aparecer.

É muito triste,
mas é bom saber,
pra não ficar na alienação,
que o proletariado quer,
pra amassar,
a massa de manobra,
cada vez mais sem ler,
que nada no futuro,
possa saber.


















A VIDA VIVIDA EM PROJETOS
Inovar é preciso,
mas o que fazer,
se o amor é no passado,
prezo amarrado,
dilacerado e contido.

O que inovar,
se de nova nada interessa,
se na expectativa,
a experiência é salutar,
não quero embarcar nessa,
se me deixem poetar,
enquando aos outros ela corre,
a mim a vida passa devagar.

Sem medo de amanhã,
vivendo o presente pensando,
mais que realizando,
perdoe-me aos contrários,
mas prefiro planejar e morrer,
sem concretizar,
que nada planejar e
a vida toda sem nada ter que sonhar,
e ver o futuro escapar,
vivendo nesse eterno pelejar.

Conciso e objetivo,
prefiro-me assim,
nesse hábito cativo,
até o fim.















ADVOGADO DA POESIA

Antes que a terra devore,
ou torne-nos parte,
quero antes deixar meu legado,
ter nossas páginas sido aqui um advogado,
da causa poesia,
que tanto desperta minha fantasia
de menino, moço, homem,
envelhecer-me em vida e
rejuvenescer-me em vida
e rejuvenascer em cada sorriso,
na expressão de quem como tu agora,
lês estes verso em prosa,
sem saber,
apenas saboreie esse momento in memorian,
de um poetar que deixa na historia,
sua historia em poemas.

Sempre plantando e semeando,
sapecando estrofes carnais de vida,
vivificando folhas de celulose,
em emoções de alma,
algo intangível,
que desnorteia e assombra,
inexorável aos poucos e outros,
de corações cativos,
escravos de invisível,
féu em esperar no inferno,
que um dia
não apenas em poesia ( fantasia),
a Terra se torne um céu.














PAGINA DE OURO
Uma página de vida,
nunca se vira,
fica ali marcada,
feito a ferro e fogo no carro,
mas essa página em ouro,
ou de destesouro,
fica cravada feito espinho de aço,
amolado em lixadeira,
cravada no coração,
até ao menos a hora derradeira,
depois ainda não sei,
não cheguei ainda lá.

Estamos todos na estrada,
somos todos andarilhos em vida,
morada certa não temos,
mesmo depois de mortos falecidos,
de nossa carcaça não sabemos,
de certo destino,
se aos vermos, aos fungos,
aos animais carnívoros, ao fogo,
sei lá, sabemos lá,
essa é a nossa vida,
sem hêra e nem bêra,
simplismente disfarçamos e muito bem,
que sabemos alguma coisa,
mas nada sabemos,
imaginamos apenas,
assim com o tal qual,
de mim imaginei este verso,
esta poesia, este livro, esta vida ...
será que existo realmente?
ou sou apenas fruto de minha inspiração?












COMPAÇOS DA INSPIRAÇÃO

A inspiração tem compassas,
o medo, a vergonha,
é o maior de todas: a solidão,
o poeta só é poeta na solidão,
do contrario é imitação,
das profundezas de nossas incertezas,
do culme de sonhos inatingíveis,
lá no centra da solidão própria,
é gerada uma boa poesia,
clara, alam e as vezes turva torrente,
forte feito forjada ao aço,
uma corrente.

Poeta ser carente,
querendo ser gente,
coexistindo no mundo presente,
e na vida própria ausente.

O poeta é o morados ausente,
que corre ao brado batente,
cativando no corpo estante,
na gloria ou dor em instante.






















VERSOS PERDIDOS

Sem saber escrevo,
sem nada que de tudo sobre,
sem nexo,
no viver inexorável de um dia,
mundo a fora,
jazigo em castigo,
fazendo a cada uma coisa,
doce amarga poesia.

Um dia,
um vinho, um chatô,
um amor, uma decepção,
uma poesia,
doce amargor de perder uma paixão.

Momentos,
realentos levados,
fazendo perdidas,
currutelas em pântanos,
poesias aladas,
dormindo em prantos.

Implicados com os poetas os pagãos de leituras,
pobres de leigos,
não sorverão de doce amargo,
poesias escritas.


















BICHO POETA

O poeta não é um ser igual,
irracionalmente,
come da ração de versos,
e tem instintos ao poetar,
feito ao trato animal.

Nada de coisas corretas,
regras as favas,
o poeta pós-contemporaneo,
tem que inovar,
e só se inova sendo díspare.

Incomum certeza da ausência,
de sonetos quadrados,
de alma livre e coração aberto,
os rumores de versos,
deixo em aberto.

Sem pestanejar
é um sublime domo, poetar,
qualquer instante elevam,
e mostra tudo
no eterno nada
do efêmero viver de um contemplar.

Poesia,
prá um êxtase não há melhor terapia,
pra quem le doce alegria,
de saber que esses versos
dentro de um coração moraram um dia.













OBVIEDADE ABSTRATA


Ao poetar não basta,
a pura obra que lhe repara,
vida dura contida e alada,
merecida obviedade abstrata,
em viver uma existencia tapada,
e uma vida sonhada.

Mares de versos vem e vão,
forte dor de paixão,
rompe mais que a própria ilusão,
em ser o que não,
é ter o que nada levarão,
solidão.

Correr não sei pra que,
se o tempo curto é longo,
e quanto mais alongar tentamos,
mais escasso se apresenta,
na lâmpada de tempo,
nada adianta economia,
tudo que se gasta,
não gastando também se consome,
e por fim tudo some,
nessa nossa eterna decomposição mundana,
vida insana.

















VERSOS RECADOS


Não sei se passo o recado,
ou o recado quem me passa,
do furor de Amor,
quem sem cessar me transpassa,
onde não corrói a traça.

É beber do vinho a taça,
sofrer sem saber qual desgraça,
numa vida,
poesia meditante que me arregaça.

Sem saber por onde por fim,
do começo de todo sim,
beneficio vão pra mim,
e aos risos,
sarcásticos estouram estopins,
que destroem uma vida,
feito em madeira cupins,
de um viver em poesia,
a casa dia colhida.

Sigo em meu pranto de versos,
escapulindo de solavancos,
esquiando na solidão desértico,
sem poucos,
calabouços perenes.
















FEBRE INSPIRAÇÃO

No adentrar de olhar me adenso,
soro de anticorpos devaneios,
esbravejam flâmulas de tufões,
em olhos ao olhar do outro dentro,
e chorar vidas não vividas,
incessante poetar.

Sem rimas, sem regras de esgrimas,
assim meus dias,
minhas diferentes poesias,
essas daquelas ausentes,
as pressas da febre inspiração,
minhas poesias tem um único,
e exclusivo ingrediente
a paixão pelos versos.

Poesias, versos,
simples e meras frases,
ou aos avessos,
são dizeres,
maués dizeres,
meus dizeres não enviados,
dos outros sonhos cativados,
enviados.




















VERSOS EM SEGREDO

Estes versos faro ao poder de todas,
não com milhares de primeiros,
versos meus de outrora,
que só quem ter podia,
quem eu gostar seria,
mas que em tese de sua historia,
nem gostará de poesia.

Versos meus de agora,
diferentes e tão iguais os de outrora,
os de agora quem ler,
seres que conheceram,
a dor de versos de outrora,
em páginas tristes,
que a timidez me condenou,
mas a poesia,
esta magia,
nunca me abandonou,
e um novo poeta me consagrou.

Versos amigos,
muita vezes,
em noites tristes,
me serviram de abrigo,
enquanto meus outros amigos,
só pensavam em seus próprios umbigos.


















VERSOS PERTINENTES

Inspiração, de mãos dadas com a solidão,
quantos livros já tens em mãos,
responsável pela condenação,
de poetas presos desprendidos a ilusão
de viver uma paixão em sonho coração.
Pulsa forte, pulsa pertinente,
faz do amor sua patente,
e não descola da gente,
onde sono se converte em desastre,
na catástrofe,
de ter e não ser,
o que diz a regra de uma singela estrofe.

Mofam sonhos na memória,
de um poeta sem poetar,
chora, lutas perdidas na historia,
de alguém que não soube amar.

Na surdina da taciturna noite,
estrada nebulosa em neblina,
nevoeiros rompem o calos das travas,
no pesadelo de existir e saber,
que convive e coexiste ao sofrer,
saboreando a taça amarga feito féu,
ouvindo a musica passar o carro,
carro sei lá de quem,
a música do creu!

















DESCRIMINADOS, MARGINALIZADOS


Existem também aqueles,
pobres ou ricos,
ditos os desgraçados dos mundo,
para os feios o amor não existe,
somente a paixão lhes é permitido,
a dois feios sem ter receio,
ninguém lhes é retribuída,
apenas entregue,
da emoção maior a dor, persiste.

Feios,
criaturas de triste destino,
fadada ao descaso,
vida defunta,
de passar e não ser notado,
desprezado feito filo adotado,
seres humanos humilhados por existir,
sua simples presença os humilha,
castigados desde idos tempos,
infância, juventude e tudo,
na total solicitude, solidão.

Tribufu, tituti,
xingados todos os dias,
pobres ou ricos,
feiúra ou burguesia,
feiúra não se discuti,
se sofre mas não se contagia,
para alivio dos belos e belas.














COM O CONTEÚDO NINGUÉM IMPORTA

Mesmo sem vontade qualquer de sorrir,
não foi lhe tirado o direito de ir vir,
talvez não por justiça,
mas por preguiça,
afinal alguém deve trabalhar,
e é pertinente que sejam ao feios,
os que de beleza externa desprovem,
e o conteúdo ninguém se importa,
se o mundo só lhe vê chorar,
lágrimas geladas ferventes,
que a solidão, a discriminação,
a sofreguição exerceu.

Minha voz é em silencio,
calado, em pé ou sentado,
sonhando também deitado,
falo em letras ao papel,
canto, choro, e até grito,
mudo falante,
falo em voz de poesia,
mas não declamada,
em meus reciclados cadernos,
cheios de orelhas amarrotados,
e de inspiração, abarrotados,
falo assim,
pra mim,mas se alguém
quiser me ouvir,
basta parar um instante,
e se perder em meus sonhos,
versos meus não obstantes,
ilusões exorbitantes.













SEGUNDOS DE ALIVIO

Na surdez da noite,
em altas horas me destruo em sono,
tão pequeno o instante,
onde me separo da tristeza,
onde tudo é só beleza,
sono sonhado em sono.

Poucas horas nessas altas horas,
poucos segundos de piscar,
ao acender as luzes,
tudo foi-se embora,
como que tragado pela luz,
consumida ao chegar dessas
amargas auroras.

Acordo atordoado,
de um sono embrulhado,
altas horas me conduzem,
e me perco de mundo,
em ilusões o que não,
na rela idade ser.

Invento coisas,
transformo, desmonto e monto,
o sono é meu, o sonho ainda mais,
quando se na vida tudo se
nada de tudo ter, querer
ficar a navios naufragados vontades,
no eterno cais de vontades,
minhas altas horas ilusões.
















Aqui só,
em meu canto,
nunca canto,
tão só,
prá de qualquer espanto,
tranqüilo só,
providencia um recanto,
de ser um ser só,
que conquanto,
só aqui só,
mudo canto,
de um só,
poema em pranto,
assim só,
poema em pranto,
assim só,
sem saber aonde, qual canto,
do mundo olhar só,
aqui só,
um poeta, seu mundo e um verso manto,
cobridor no frio da noite só,
aqui,
só.





















SOFRIMENTO INTELEGIVEL

Minha pátria é minha memória,
me perco onde encontro o desconhecido,
onde o caminho que sigo,
sigo sem saber,
somente com a ilusão,
a vontade de ser é ter.

Prolifera-me a cultura,
e o resto dela me cativa,
em noites reféns ditaduras,
invadem a memória de esculturas,
em poemas, versos feitos agora.

Em braços de coerção convergem a lei,
mas não é em si a própria lei,
em decifrar futuro dizem as ciganas,
todos eram reis.

O poeta é um mestre,
o mestre do sofrer,
saboreia o próprio sofrimento,
no sofrimento initeligivel,
a nós pródigos mortais.

Poetas tem sensibilidade aguçada,
sonham todas as noites,
Best Sellers namoradas,
doces deleites,
mesmo ensolaradas,
noites in’clano poetadas.













QUIMERA

Quando se ama muito,
por vezes as palavras faltam,
porem em gestos,
vem a tona a toda hora,
esquecendo-se a quimera,
de pensa no que tanto se espera.

Sinto o medo de o que há por vir,
antecipando-me a sofrer por ante mao,
dores de perder o que hoje é bom,
em ganhar de perder o sumo féu.

As vezes perco o rumo e o sentido por groja,
de lambuja a inspiração vem,
levando-me ao êxtase da emoção,
doce ilusão,
paixão de poeta,
que chora, sorri e faz careta,
pra poetar pega sua caneta,
e aos versos como a vazão implora,
meliante dos do acaso,
que nada se compreendem
e chora,
e cheio de tristeza implora,
a dor que vá embora,
perseverante não obedece,
ao poeta que se apetece,
e de amor se compadece,
sonho sonhado que não se esquece.














REAÇÃO POÉTICA

As vezes foge, escorrega feito peixe n’agua,
quando a gente corre,
pra eternizá-la em versos,
foi-se ela sei lá pra donde,
a inspiração.

Noites vagas,
escaldantes vulcões de lavras poesias,
em torrentes avalanches de versos,
caem sobre a fronte deleitantes,
dor e gloria de mãos dadas,
no crepúsculo da ilusão,
domada e dominada pela inexatidão,
de por essa emoção,
trancafiadas velhas paixões,
em sete chaves nos poetas,
corações.

Sou agora um díspare de outrora,
sinal impar querendo o par,
de versos em ementes a clamar,
e a fortuna inspiração declarar.

Versos não são caprichos,
caprichados não tem inspirar,
nem de longe nos fulgores,
e nos provocam,
nos fazem sem saber porque,
chorar.














RIQUEZA DA MENTE

O poeta é mesmo, um ser diferente,
diferentemente dos outros seres humanos,
não ligam pela falta de luxo presente,
cascalhos de moedas em relicários,
ao poeta só lhe cora,
sua própria obra,
sua dádiva de sonhos,
contornados em firmos traços de poesias,
exalando doces, suaves cheiros instigantes,
delirando almas puras de instintos,
em mágica estrofes de inspirar,
ao poeta este tal ser,
só que lhe quer mesmo,
um dia saber,
que em outros tempos,
alguns milhares de outros seres diferentes,
seus versos vão ler.

Os mais lindos versos nascem geralmente,
na mente de pobres lugares,
pobres lugares ricas mentes,
pois onde há contentamento,
em geral não há especo
pra brotar e florescer,
o poetar.

O poeta busca sua riqueza dentre de si,
diferente dos outros,
onde vão preocupam o ouro externamente,
ao poeta sua gloria é imolada,
em sua própria mente.













EMOÇÃO SUPLANTADA AO LEITOR

Todo poeta que presta,
a dor rida não se resta,
contorcida se estala,
e aos que lêem a dor empresta,
não a sua,
mas no leitor escondida se instala.

E assim vai passando o poema,
de fonema em fonema,
ate ao acúmulo de versos,
em formar mais um poema.

Um livre é o poeta,
sua inspiração aos outros empresta,
nada se perde o verdadeiro,
pois nesta vida,
sua inspiração é só o que possui o poeta.

De ganhar em perder vive o poeta,
a cada paixão perdida,
se descobre uma poesia escondida,
e com todo amor ele desperta.

Feito flecha ao encontrar a mosca,
o poeta é a sua sensibilidade,
poeta não quando tem vontade,
mas quando a própria vontade,
se manifesta sem vaidade,
com toda liberdade.















PAIXÃO A PRIMEIRA VISTA

Não há nada mais verdadeiro nesta vida,
que o amor a primeira vista,
um simples ato, olhar,
capaz de tudo em segundos transformar.

Uma paixão só é paixão,
quando é a primeira vista,
não se aprende apaixonar,
é algo como poetar,

Complexo olhar, de paixão,
repara-se tudo nesse segundo,
o jeito, o cheiro, tudo,
e até os defeitos,
que aos outros estão sujeitos,
se convergem em qualidades indispensaveis,
no ato de um olhar,
de paixão a primeira vista.

Nada mais sincero,
nesta emoção de mar,
que a forte ilusão,
a paixão que quero,
e sem pestanejar,
me caio em meio a poetar,
enquanto espero.

Paixão a primeira vista,
emoção mais pura e liberta,
de qualquer amarra,
a sublime felicidade desperta
verdadeira e concreta.












ESCOLHA

Opções,
vem em ondas suburbanas opções atolantes,
quem nunca se fez escravo de uma opção,
em noites, dias, em pensamentos dementes, quem?
Por vezes não dormiu sobre o ardor,
de ter que escolher,
e na manha seguinte sofrer,
a dor de ter ou poder,
e o melhor o perder.


As dúvidas são geradas pelas infinitas,
opções,
e nossas escolhas são finitas,
nessa parodia da vida,
em poesias escritas.

Como é ruim escolher,
essa liberdade nos julga e condena,
por da fluência em saber poder,
proliferando o que devíamos fazer,
e por vezes escolhemos o não,
ao invés do sim.

Escolha, coisa persevera de se agir,
porem impossível nesta vida fugir,
quanto mais adiamos,
mais nosso sentimento de remorso,
nos atenta,
e mais angustiado e aflitos ficamos.















Considerações iniciais



O nome deste Livro:tem um amplo significado por si só,já quer dizer muito pois tudo,aquilo que não é cuidado,deixa de se fazer um caminho para fazer outro.Neste caso, o autor quis dizer,que até então todas as coisas,poéticas: poemas, versos e indagações; eram enviada.Mas lança-se uma pergunta no ar;enviadas a quem?Bom isso o autor deixar fluir,a imaginação dos leitores,e só lendo mesmo sua obra,que cada um irá tirar sua conclusão,e quem sabe chegar a resposta positiva e verdadeira sobre essa pergunta que não quer calar.
Bom isso o autor deixou fluir a imaginação dos leitores, e só lendo mesmo sua obra, que cada um irá tirar sua conclusão e quem sabe chegar a resposta positiva e verdadeira sobre essa pergunta que não quer calar.
Depois de muitos anos escrevendo e enviando versos, o autor decidiu publicar em forma de um livro, sendo que se tivesse publicado desde quando começou a poetar, já teria no mínimo uns 10 livros ou mais publicados.
O autor iniciou a sua vida poeticamente falando, a inspiram-se e poetar entre os 13 e 14 anos de idade, e desde então não parou mais, até os dias atuais.
Não tendo hora nem dia nem lugar para escrever no entanto poeta seja mesmo o seu quarto, e a noite durante dias chuvosos. Parece que a chuva, o barulho dela caindo nos telhados, nas plantas, no chão, é altamente inspirador.
O poeta não esconde seu profundo desejo de um dia poder reunir seus primeiros versos e outros enviados e construir vários outros livros, que estão prontos a muitos nos atrás, porem não se sabe se ainda existem dos versos enviados depende do sentimento de quem os recebe e os possui, diferente do destino dos versos não enviados, que são estes que todos, que quiserem terão o prazer de conhecer, através desta edição.

























Dedicatória


DEDICO A DEUS E A TODOS QUE DE ALGUMA FORMA CONTRIBURIAM PARA QUE ESTE LIVRO SE TORNASSE UM SONHO CONCRETIZADO.


AGRADEÇO A DEUS PELA VIDA, E A TODOS QUE ACREDITAM NA CULTURA COMO FORMA DE MELHORAR O MUNDO.











































AUTO ESTIMA

Que mais me descreve,
a dor nunca finda e exalada,
noites a dentro e fora,
no fogo e na neve, num momento breve.

Ande sem destino,
cachorro louco,
nessas babas de ilusão,
em vida um ser pouco.

Dias voam em meu ser,
colho os frutos da timidez,
a solidão à noite implavel vem me ver,
poetando mais uma vez.

Sonhos ao corredor de uma aventura,
vida, morte em meio a tudo,
mas que quimera,
nos versos corridos meu escudo.

Ao som de musicas,
baladas, bregas,
melodias pra mim únicas,
ao sofrer o amor se entrega.


Ser feliz ao ver,
um simples sorrir,
quem dera ter,
alguém para a fortuna unir,
e a felicidade sorver,
agora apenas a poesia e me servir.














TRISTE DESTINO


Não tenho data pra comemorar,
meus dias soa de chorar,
é assim a vida dos indignados,
pelos cantos de festas calados.

Is desprovidos de dotes
quer sejam físicos ou psíquicos,
pobres,
desafortunados da doce sorte,
dos ricos.

Apenas sofrem,
esse é o seu direito,
na fogueira da sociedade se consomem,
a eles nenhum respeito.

É triste,
mas temos que admitir,
é coisa que existe,
não se pode um poeta mentir.

Nesta vida,
quem não se nasce bem,
a batalha é comprimida,
e a saga do sofrer vem,
para quem de destino duvida,
e quer ser “alguém”,
coitado, de luta em luta viverá,
e se vier a morte seu triste destino,
ao seu lado a morte espera
de braços abertos e sorriso cretino.















POEMA DA NOITE

Noite,
bela coisa a pestanejar,
cansa-me alma,
dor na flor de descansar,
me acalma.

Pego a caneta impudente,
e faço rasgos,
na guerra dos mergulhos,
insanos sonhos,
tubarões de ilusões me consolidam,
e ao raiar do dia,
me vomitam,
neste estômago dilatado,
de tantos sonhos fracassados,
vem de nova uma poesia,
quase em melodia,
mas a vida do poeta,
é mais uma brega melancolia.

Não agüento e me dissolvo,
em poesias, versos meus,
de nada adianta,
já é noite de novo,
e de novo,
outra fera irá me devorar,
e vomitando na alvorada,
de novo amanhã estarei,
assim até o dia triste fim da poesia,
ao ser devorado, ser absorvido,
morrido.
















AFLIÇÃO

Sinto o peso da exaltação,
noites a dentro,
medos a fora,
na dor de só,
a solidão que aflora.

O medo me coagiu, coibiu-me,
fui forçado a parar,
no verso que se arremete,
meu estômago algo
de expor promete,
vomitar.

Larguei tudo,
minha caneta impudente,
minha inspiração louca de êxtase,
fui de mundo-verso embora,
mas amanhã,
acordei contente.

O que me ocorreu na hora,
aquela que transpareceu derradeira,
dores esparsas,
amargas farsas.

Ao olhar para trás,
não sorrir consigo,
apenas contorno,
feito a água do rio,
que segue seu curso,
mesmo em desvio.
















RISCO N’AGUA


Escrevo muito,
uma hora algo que preste,
a ser vida ou defunto,
a carne corta a gilete.

Em contradição,
vive um ser a poetar,
homem hoje, inabalável,
uma criança amedrontada,
de ontem a esperar,
no colo da mãe a chorar.

E nas cordas,
digo em plural,
pois a vida de todos
que nessa terra vivem,
é um risco na água,
feito sabor doce sem caldas,
hora doce, hora amargo,
depende do que ao destino convêm.

Seres,
todos viveres,
e nem sabereis,
como sereis,
o amanhã de sabores,
ou disabores,
amores ou dores,
apenas o agora,
sabemos no respirar,
que somos ainda seres a viveres.















CISMA

Cisma em escrever,
de repente sem nexo
me veio a poesia me entreter,
inspiração ato complexo,
que invade todo contexto,
e o ser,
sem saber o que fazer,
corre, reluta,
deságua em puro compor.


Imaginação comanda a vida,
dos que ousam ir além,
um pouco mais que lhes permita
sua existencia sofrida.

E nunca se enche,
a mente de criação,
criar é imaginar realizando,
é um sonho vivido,
é amor é paixão.

Cismei com a poesia,
na verdade nem sei,
se eu ou a fantasia,
quem cismou comigo,
no agir, respirar
expirar versos
com a caneta impudente,
riscando o papel submisso,
sem qualquer compromisso.
















FRAGILIDADE


As coisas acontecem,
sem lógica alguma,
tentamos nós,
desvendar os segredos
e acabamos segregados a solidão
que nos toma
e nos tanto torna sós.

Na finidade das coisas,
eternizamos as duvidas,
pobre criativas,
nascem e morrem,
sem certeza nenhuma,
existindo,
vagando neste mundo
flutuando feito espuma,
que um dia foi soprada,
como num sopro torna-se vida,
e na fragilidade da mesma,
consome-se com ou sem disciplina,
vai-se embora
vento a fora,
estoura a bolha da vida
existencia comparada
a bolha de espuma,
some, corre e esconde
voraz e medrosa
feito um puma.


















VERDADEIRO EXTRA TERRESTRE

Parece,
de tudo que já vi,
nesta humana vida animal,
tem um fim.

Quer um fim de término,
quer um fim de propósito,
se um dia nascemos,
é para que um outro morramos,
inevitavelmente.

Talvez a poesia dure mais,
um pouco mais que nós,
poesia não tem vida,
ela só de poeta é um abrigo,
num querer imaginário,
ser imortal, em memória,
in memorian.


Falar se perde e o som discipa-se no ar,
já a escrita fica cravada,
em pedra, pau ou papel,
pode durar muito mais,
que se possa uma vida querer.

A poesia é para o poeta uma fuga,
quando nela inerente,
não há dor carnal, só emotiva,
o poeta não sente-se humano,
o poeta sente-se um extra terrestre,
pois vive no mundo da lua.













EX INSPIRAÇÃO


Quando a inspiração vai-se embora,
que triste historia,
dia-a-dia vai e vem na memória,
feito ferro escorrido à escoria,
na água vai-se embora.

Que fazer no pitoresco,
encontro da poesia,
a falta singela,
de criação de versos,
um encontro dos em parentesco,
no campo ao ar fresco.

Sem saber o que escrever,
escreve a vida nas páginas,
da biosfera,
mesmo sem poeta ser.

Dentro da casca da ignorância,
existe um sonho de emoção,
pulsante na inocência,
perene da paixão.

E aos que olham,
sem saber, criar outras poesias,
choram,
ao implorar a realização da fantasia,
na falta obstante
da espontânea inspiração,
consolida-se mais uma vez
uma ex-inspiração.












LIQUIDIFICADAS EMOÇÕES
Andando em caminhos tortuosos,
grito no fundo,
a alma sufocada,
vida de um ser distante,
coexiste,
querendo ser comum,
na incomunidade pertinente,
em vontade de mudar,
algo muito obstante,
me, lhe, ti parece salutar.

Em resposta ao que há por vir
impossível é ignorar,
a arte obra em poetar,
cantar, chorar, se declarar,
e reservar,
tudo assim numa salada de idéias,
liquidificadas emoções,
sentidas e imutáveis,
semeadas na dor forte,
que suporta o coração da gente,
existencia pouco coerente,
de um ser carente,
navegando na vida,
em historia torrente,
pertinente
ausente.


















TALVEZ UM DIA

Talvez um dia,
compreendas mim, você,
não hoje agora,
quando leres esta poesia.

Talvez um dia,
quando como é prá mim agora,
a noite prá ti também seja fria.

Talvez um dia,
ou uma noite quem saberia,
na escura forma da solidão,
lhe abrace essa quimera,
de quem na vida apenas,
o melhor sentido da existencia espera.

Talvez um dia,
tardes de domingo pra ti,
sejam assim,
como são até agora prá mim,
sofrimento e espera sem fim.

Talvez um dia,
quando a beleza for-se embora,
nos tempos idos da memória,
e a vaidade dor lugar,
apenas a avançada idade,
talvez assim,
lembre-se de mim,
por fim,
por não o u por um sim.














À SIMPLICIDADE


Coisa inerente,
cativa, criada na gente,
desde a idade terra,
coexiste presente.

Sem impor já impondo,
a tudo sobrepondo,
quando menos de mais se espera,
na falsa gloria do amor,
subexiste a dor,
nos entremeios à simplicidade.

Girando feito o planeta,
translaçando em rotação inversa,
na lógica terrível das coisas,
em modernismo se expõe o expoente,
mas se da safra simples foste,
nada almeja essa sentença.

Nem mesmo os bens,
que venham a teres,
vence por completo a força,
de uma simples sorridente,
banguetes de nalma usupar,
um amor ausente,
o coração o impacto sente,
na dor de possuir e não ter,
ter e não possuir,
é impossível por muito tempo esconder,
à simplicidade da gente,
quando ela existe realmente.














DISTANCIANDO

Talvez seja pra isso a miséria,
combustível de obras primas,
coisas mais criativas e lindas,
vem da alma dos desgraçados,
varridos da sociedade feito escoria.

Consigo enxergar claramente isso agora,
o pobre que ao compor não quer esmola,
muito mais abstrato é que não se vê,
nem se mensura tal fortuna infinita,
inspiração que ninguém rouba,
nem é corroída pelo tempo ou a traça,
da ferrugem que nada poupa.

Memórias voam,
campos abertos de mazelas,
fontes rejuvenescedoras os versos,
selados pela placa das poesias donzelas,
ao correrem a tinta no papel soam,
em gritos mudos de amor,
um sonho que se foi,
uma paixão latente abdicada,
pela vida-morte, abreviada,
pelo trabalho distanciado,
a tal felicidade,
em tal destino fadado,
impregnada.
















O FIM


Gasto os dias,
os dias me desgastam,
no pano fundo da vida sóbria,
sobra devaneios em coexistir,
no sabor em ter,
que muitos gozam,
o desumano preendimento,
sem razão em colidir.

Dias vão,
historias se acabam,
mas a historia do mundo
essa, nunca perde o seu refrão
nasce no ventre quente de mulher,
e morre no gelo da ilusão
num futuro sem saber os porquês,
nem como direito a escolher.

Frio, gelado,
é o corpo sem um suspiro,
é poesia sem dono,
num abandono,
é alma em desativo,
desgarrar da pistola um tiro,
foi um dia um ser falante,
hoje um co num cadáver calade.

















NO PRESENTE DO FUTURO IMPERFEITO


Vejo um papel em branco,
não passem não consigo,
deixa-lo sem meu verso amigo,
papel e inspiração,
tão qual de si cada um,
feito muleta ao manco.

E no estreito caminho poético,
vi-me de face a boemia,
levado pelo fracasso,
lúcido e pártico,
a vida foi escorrendo entre meus sonhos,
instalada nos versos in poesia.

Conjugo o verbo da vida,
no pretérito do futuro imperfeito,
em vários idiomas,
que no tanger da solidão,
me fui encurralada a aprender,
por clara e pura,
falta de algo melhor,
pra ai fazer.

Contudo aprendi a ser,
o que na incencia jamais,
me purgará a doce e benevente educação,
da tradição interiorana,
regue, reina soberana.















DISABORES DA VIDA


Me arrumes,
vesti-me de esperanças,
muitas vezes quando saí e voltei,
pra díspares lugares,
impares lugares,
ímpares amores,
apenas sonhos arrumei.

Nada adiantou,
meu tempo passou,
não digas que não lutei,
lutei,
mas minha sina já era,
revoltei,
ao mesmo lugar de antes,
me vejo agora.

No mesmo fracasso,
que atende muito também,
miserável regasso,
solidão que me deixa aquém.


A mim só me resta escrever,
pois sonhar já cansei,
mas com versos na folha sorver,
sem sonhar sonhos,
amores, disabores de hoje,
que ontem amei.












VIDA PERDIDA


Em meio à solidão me vi,
triste,
coisa horrenda, feito ferida,
aberta em fenda,
de solidão que morri.

Memoravel gloria de um amanhecer,
novo dia,
o antigo, o igual tudo,
o de ontem parece,
aos olhos novo, novo,
mais que a saudade poesia,
triste boemia,
possa um solteirão padecer.

As vezes a vergonha me envolve,
mas de vergonha em vergonha,
meus dias se consomem,
e a vida vai a cada mede,
sendo enterrada viva,
vida perdida.

Fecho os olhos pra aliviar,
amarga escolha essa,
na quimera de amar,
fui ao cais que me arremessa,
e no fim da curva que se atravessa,
algo pertinente a que se relutar,
a dor de olhar
e ver perdido e conformar,
a uma vida se dissipar.












A CONQUISTA E A DERROTA


Coisas impessoais,
o homem que nesta vida,
entre lobos, terríveis feras,
em melindrosos disfarces cordiais,
não se julga também uma delas,
inevitavelmente vira alimento,
servido sangrando vivo,
morto sem nenhuma ferida.

Presto atenção nos hipócritas,
são gente felizes,
pois vivem o que tem de mais na vida,
essa vida foi feita,
lapidada, a quem tem o dom,
de saber não ser bom.

Em meu rascunho de vida,
vejo o melhor de tudo,
pois quando ainda,
havia alguma esperança,
e nenhuma certeza,
ho0je tenho terríveis e abomináveis certezas,
e a esperança evapora
a cada amanhecer, e entardecer.

O meio do caminho que é bom,
a busca, a luta,
a conquista e a derrota,
depois de algum tempo tem o mesmo efeito,
o efeito vazio,
um vazio gerado pela falta de um tudo,
um fruto,
verde a madurar,
pois depois de maduro,
o que se espera se opera é a podridão.








O REI POETA


Olho imagens, semblantes em tudo,
no desfruto de um dom,
uma rosa, jóia um tributo,
quero apenas minha poesia,
agora no escuro, escudo
a luz de vela de uma fantasia.

Sem pensar no amanhã,
juntando coisas que nunca esparramei,
versos vão a clarear,
fazendo cegos de emoções enxergar,
neste milagre que achei,
um dia , uma poesia,
um chatô e um champanhe,
pra comemorar.

Aos olhos alheios,
caprichos desfechos bloqueios,
faíscam melindres devaneiam,
guetos, âmbitos estranhos,
purgando aletorios recôncavos,
e pintando um céu,
num mar de pedras,
uma vida de poeta.

É um rei um poeta,
quando tem na mão papel e caneta,
feito quando um arco e flecha,
na mão firme de um arqueiro,
imprevisível o estrago sorrateiro.












SUVACO
Fecho a porta da razão,
abro a inspiração,
pulo a janela do realismo,
entro no quarto do absenteísmo.

Mecanicamente me ponho a nada,
num comum acordo com a conformidade,
vivendo em pequenos pingos de vida,
flertando com a ilusão,
doce misteriosa paixão.

No âmago, desvairado,
sem noção e sem razão,
imunizo-me em belos sonhos,
de amor, gloria e apageu,
no final só o rescaldo,
de um poeta sufocado, apavorado,
sofrido e calado,
apaixonado.

Trocando de vestes,
a toda hora,
a dor não larga,
não vai embora,
quer seja dia ou noite,
num suor intenso,
embebendo fios de suvaco em chamas,
na noite ensolarada, com gosto de
paixão extravazada.
















CONTEMPORANEA CONTEMPLAÇÃO


Sorvendo a solidão que se acelera,
um dia, uma noite, uma vida,
no peito bate um coração que dilacera,
infame dor de coexistência sofrida.

Meticulosos versos ao léu, ao céu,
pertinentes nesta hora,
desencanto em desencadear vícios,
na depressão mundial atual.

Falhas em falências afalecer ilusões,
por corredeiras se escoam desejos,
por melhorias,
de um ser, uma nação,
poesias em vão ou não,
contemporanea contemplação.


O poeta ola com o coração aberto,
se subouga, machuca,
chuta a sorte de um exatidão,
pra viver na inspiração,
inexatidão,
paixão.



















VIDA DESENTOADA


No meu rascunho,
rasgo palavras mudo,
tentando dizer a próprio punho, cunho
construindo uma barreira, um muro.

Meus dias,
vem e vão,
freneticamente em poesias,
sufocando, sufocado,
pela paixão,
já meio ao mundo,
equivocado,
perco a razão,
e em desativos reina sempre,
no começo e no fim,
a solidão.

Faço versos pra tentar,
sei lá,
esquecer que sou humano,
e passo errar,
mas não queria,
queria ser feliz,
só isso,
a felicidade me bastaria,
e na real,
o que sinto mesmo
é minha existencia
por um triz,
como em uma desentoada poesia.













TOCA OU NÃO TOCA

Mas o amor é assim,
ou toca ou não toca,
é como tirar coelho da cartola,
em um instante se ama, mágico,
olha, gosta e pronto, instante
o sentimento já e proto, instante
o sentimento já nasce completo,
não se cresce ou diminui, é
se sente se acaba, é!

A magia do amor,
o amor de paixão,
amor homem-mulher,
é uma exatidão,
fixa retidão,
que se acaba em ereção,
mesmo em insônia,
faz sofreguidão.

è imutável o sentido,
de gostar,
é real demais os gastos,
de um amor de paixão,
tudo é e nada pode ser,
quando se ama de paixão.

Complexa e saborosa dor e exaustão,
melancolia e poesia,
faz\ da vida uma parodia,
amar de paixão,
só é paixão a primeira vista,
primeiro toque de olhar, e gostar.












O INICIO DO VICIO-POESIA


Começo, inicio e término,
todo dia,
exalto e me humilho,
cada manhã,
cadê você felicidade,
será só mais,
uma bela palavra em poesia.

Nem me levo a tão,
disturbio das jubilas horas,
despencando cascatas fervilhantes senhores.

No amparo das sentenças,
vejo um céu ao êxtase,
medíocre sonho de um céu com esperanças,
quimera triste iniciada aos quatorze.

Sem mais um porque parar ou não,
poetando desde então,
nunca um não disse a inspiração,
desvendando assim páginas em borrão.

Estes versos que agora, outrora,
estavam eram apenas era,
vultos nunca mente. aurora,
os poetas também erram,
me perdo-me sem demora,
que a tarde de meus dias choram,
em meu vicio-poesia é, e eram

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