quarta-feira, 4 de novembro de 2009

AMBIÇÃO DE POETA


Ambição de poeta




A ambição de um poeta
É uma coisa diferente
Quando menos se espera
A inspiração ataca feito fera

A ambição de um poeta
É sua própria pesia
Tua obra , teu talento regalo
É uma coisa massante,
Atual e careta
Com cheiro de maresia

Não tem dinheiro necessário
O conforto é suficiente e precário
A ambição de um poeta
Esta na ponta da caneta
Não está aí
Está em si

A ambição de poeta
Está no ser
Jamais no ter
Contrastando com o capitalismo
Talvez por isso
Os poetas sejam seres mais humanos
E sendo humanos incompreendidos demais

A ambição de poeta
É e carrega a magia que constrou
Sai de dentro pra fora
Diferente da ambição total
Que vem de fora
E no poder se escora

A ambição de poeta
É âncora num mar sem navios
É o porto seguro sem donos
Trabalhos sem empreitos
Cidades sem prefeitos
Versos mal feitos


Feliz por simplesmente escrever
É a ambição de poeta
Coisas criativas surgem para alguém ler

Se poeta , contudo
Não é sem ambição de dinheiro viver
Não é para quem quer se envolver
É um dom , uma dádiva
Fruto saboroso degustado
Na ponta de uma caneta

Na ambição de poeta
O sul se faz norte
Essa ambição não desnorteia
Alimenta e fomenta
A alma de quem agüenta

Uma cultura barata
Forte e abstrata
Ao Ler um novo livro
Não há poesia que agüente
Ao menos um verso ter ardente
Na ambição de trazer a tona
Alguma emoção
Presa amarrada acorrentada ao coração

A ambição de poeta é mesmo dispare
Coisa impar de ser gente
Não há vínculo em vender
Apenas por tua obra completada
Sentir-se feliz ao ver
Uma dia muitos , e muitos irão ler

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