Versos continuam
E enfim
Mais uma vez
Volto a ti , poesia
Sinto que vou
Encharcando a cara na poesia
E perco um pouco de mim
Em cada verso que deixo de escrever
Mas ti paixão total
Permanece sempre em mim
Vivo sonhos
Tento razões
Dorovante ilusões
Planos bizonhos
Rascunhos obsoletos
Fetiches enfadonhos
Apenas segundos
Ou apenas uma hora
Tudo é muito pouco
Um exagero de dores
Sentimentos mesquinhos
Falsos amores
Perversos boatos e rumores
Penduro a roupa no varal
Vejo pingos no chão
Terra batida,
Lesmas e piolhos de cobras,
Se arrastam pelo chão nojento
E se multiplicando sem que ninguém note
Empestiando o terreiro
Num súbito olhar ensolarado
Um dia de sol quente
Mata a calma e a paciência da gente
Vejo no espelho
Algo que me desagrada e as vezes
Muito raramente me agrada
Vejo um jovem sonhador
Chamado Eduardo
Mas a festa continua
Na dança das cadeiras
Sempre sobro em pé
Caio e me levanto
Mas não sou Mané
Ao amor , a dor em mim se assemelha
Olho triste para o azul do céu
O firmamento
Na luxúria da inspiração portica
De versos a face do vergonhoso
Poeta que ser assemelha
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